Por Agildo Barreto – Terça, 19 de março de 2024
Muito foguetório na praça, nesta quarta-feira 13. A administração de Dudy está pensando que navega em águas tranquilas. Está muito enganada. Tem um grande problema entalado na garganta.
O acidente com uma criança de cinco anos utilizando o transporte escolar municipal está nas mãos da Justiça e não é caso para ser engavetado, como deseja o poder municipal. O prefeito não se pronunciou pessoalmente. A grande preocupação foi descolar o prefeito e o alto escalão do problema.
Aconteceu de tudo: tentaram mostrar a legalidade da fobica e do motorista, quem vai dizer a verdade é o inquérito policial; fizeram uma relação com acidentes anteriores que não deram em nada, na pura tentativa de fazer com que nada seja apurado; querem negar a LEI que protege a criança, não vão conseguir. O barro não cola na parede.
Quem é o responsável, perante o Poder Judiciário, pela defesa da ordem jurídica e dos interesses da sociedade e pela fiel observância das leis e da Constituição? O Ministério Público que, naturalmente, não vai compactuar com o interesse e a conduta da administração Dudy de negar a execução da LEI e, tem mais, eu quero ver se essa administração tem pescoço grosso para deixar de cumprir a ordem judicial que virá.
Tem narrativa de todo tipo, até mesmo, daquelas que é um tiro no pé: “todo mundo sabe que é o vereador quem indica o dono do carro para ser contratado para o transporte escolar. Sempre foi assim!”
Quem foi o vereador que indicou o dono do carro, esta fobica e o motorista para serem contratados pelo transporte escolar? O vereador indicou só o dono do carro, mas não sabia que seu carro era uma fobica; é isso? Quem na prefeitura apadrinhou esse contrato? Foi o prefeito? Foi o poderoso secretário? Esse não é um caso para culpar o acaso. Tem gente do esquema com culpa no cartório nesse acontecimento.
Onde está o mal de tudo isso? No miserável Sistema Jacu e Macaco (que é o nosso caso). O clientelismo permite que todo tipo de arranjo abominável seja feito para garantir o voto para o esquema do grupo.
O vereador indica o dono do carro que é do grupo (no caso macaco); mas o carro é velho, aí vem o argumento: “o coitado precisa ganhar o pão de cada dia”; mas o motorista não tem habilitação: “não tem nada não, ele vai dirigir na roça”; “quem vai comprar carro novo para transportar aluno na zona rural e receber uma porcaria?” Observem quanta argumentação é criada.
Mas o esquema do grupo tem que prevalecer, nem que a administração tenha que mostrar toda a sua irresponsabilidade e descaso na prestação do serviço de transporte escolar público de forma clara e vergonhosa. A administração Dudy pecou feio.
Ninguém vai comprar carro novo! É verdade. Uma licitação sem grupismo e apadrinhamento apareceriam carros melhores (como existe na frota atual) do que qualquer sucata apresentada. Se não aparecer, a prefeitura compra um carro novo. Por que não? O vacilo da administração Dudy foi engolir uma sucata para transportar crianças para a escola.
Na política é tiro pra tudo quanto é lado e tiro enviesado. Nas bandas da Federação (PT, PCdoB e PV) aconteceu um dos maiores equívocos de planejamento eleitoral já visto nessa terra, quando O PCdoB negou a legenda do partido para o mandato da vereadora Luma concorrer às Eleições de 2024 pelo partido.
Analise com calma: a Federação apoia o pré-candidato Thiago do Vale, que conta com nove vereadores contra cinco (9 a 5) da pré-candidata Nina. Com a negação da legenda, o mandato da vereadora foi jogado de presente no colo vice-prefeita Nina, agora é 9 a 6. Quem deve estar uma arara com isso é o ex-prefeito Dió, que não come regue e sabe que a Federação está exigindo o que não vai receber, principalmente, depois de ter sangria dentro de casa. Basta a vice Nina conseguir mais um vereador e ficará 8 a 7, com o jogo embolado.
O grande problema é que a pré-candidata, atual vice-prefeita Nina, não trouxe farinha no surrão, com sua candidatura pela jacuzada. Não foi acompanhada por um vereador sequer. Deu sorte agora, que recebeu o mandato da vereadora de mão beijada.
Sua candidatura sem o apoio concreto do ex-prefeito Antônio Colonnezi será o maior blefe eleitoral já aplicado na história da politicagem de Ipirá em todos os tempos na jacuzada (se vivo estivesse, será que Delorme Martins tomaria uma buchada de branco no dominó eleitoral?).
A jacuzada recebeu uma esporada no meio do pescoço e o jacu virou pato para ser degustado em outubro. Observe a pré-candidata Nina. Antes, ela dizia que era macaca. Preterida pelo prefeito Dudy foi ser candidata da jacuzada, que pensou que ela vinha abastecida de voto, pelo menos acompanhada do líder Antônio Colonnezi. A jacuzada desconfiada fica serelepe.
Para agradar a jacuzada, a vice-prefeita Nina diz: “agora, eu sou jacu!” Acabou com Antônio Colonnezi ou pelo menos criou uma grande dificuldade: como é que o líder macaco Antônio Colonnezi vai apoiar jacu? Isso é o que ele menos quer.
Criou um embaraço para o líder Luiz Carlos Martins, que em seu discurso foi claro: “eu não tenho partido, meu partido é Ipirá!” E agora dona Nina? A vice-prefeita não entrou em sintonia com o atual momento político de Ipirá. O que Luiz Carlos Martins vai responder quando o seu eleitorado perguntar: “quanto tempo dona Nina levará sendo jacu?”
O líder vai engolir a pergunta e não terá resposta. Ser Oliveira (os futuros donos do poder municipal em Ipirá) tem mais sentido do que ser jacu ou macaco, que são alegorias para manipular as pessoas e fabricar gente besta, o povo não merece este papel.
A vice não está entendendo como as coisas devem ser entendidas; vai ter que comer muito chão para saber que plantando um caroço de melancia não nasce um pé de batata. Eu sei que ela sabe disso muito bem, inclusive que tem que conquistar mais um vereador de qualquer jeito, pois se a situação (Dió / Dudy) entregar a vice a um vereador do PL de Ipirá; já foi Eleições 2024!
Fonte: Blog de Agildo Barreto