Bahia é o 4º do país em faturamento de minérios

economia

Trbn – Um levantamento divulgado nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) colocou a Bahia no 4º lugar em faturamento no setor de produção mineral no país, no 3º trimestre deste ano, com 3,28% de participação e um montante total de quase R$ 1,7 bilhão – um aumento de 28% em relação aos meses de abril, maio e junho de 2019. O estado ficou apenas atrás dos líderes disparados, Pará (R$ 21 bi) e Minas Gerais (R$ 19 bi), além de Goiás, que teve resultado de R$ 1,8 bilhão em faturamento.

A Bahia também aparece bem ranqueada quando o assunto é a arrecadação de royalties (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais – CFEM), ocupando também o quarto lugar. Ao todo, a participação do estado, neste quesito, foi de quase 2% e o montante total superior a R$ 28 milhões. Os três primeiros lugares são, novamente, ocupados por Pará, Minas Gerais e Goiás.

Já quando o assunto é investimento, o estado tem um destaque ainda maior, perdendo somente para Minas Gerais. Conforme o Ibram, a expectativa é a de que haja um aporte financeiro, até o ano de 2024, de US$ 10,5 bilhões, o que corresponde a 28% de participação em nível nacional. Já o estado da Região Sudeste terá um investimento de R$ 12,5 bilhões – 34% de participação no mercado nacional. Entre os minerais em destaque, aqui na Bahia, estão cobre, ferro, zinco, níquel, magnesita, bauxita, ouro, vanádio e calcário.

BRASIL

Já englobando o país como um todo, o desempenho da indústria mineral no 3º trimestre aponta para a melhoria em diversos indicadores, como atração de novos investimentos; exportação; faturamento; recolhimento de royalties e tributos; redução das importações; geração de empregos, entre outros. O saldo mineral, que é a diferença entre exportação e importação de minérios, correspondeu a 45,5% do saldo comercial do Brasil no 3º trimestre. Além disso, as perspectivas de investimentos em mineração para 2020-2024 aumentaram recentemente de US$ 32,5 bilhões para mais de US$ 37 bilhões.

No período, a valorização cambial e também dos preços das commodities minerais, segundo a Ibram, estabeleceram o faturamento da indústria mineral em R$ 50 bilhões, sendo que a produção está estimada em aproximadamente 287 milhões de toneladas de minérios, acima da registrada no 2º trimestre (cerca de 210 milhões de toneladas) e também superior, na comparação com a do 3º trimestre de 2019 (280 milhões de toneladas).

No acumulado do ano – nos três trimestres –, a indústria da mineração faturou R$ 126 bilhões. O resultado de todo o ano de 2019 se situou em R$ 153 bilhões. Por substância mineral, o minério de ferro responde por cerca de 63% do faturamento, em reais, da mineração brasileira no 3º trimestre de 2020: R$ 32 milhões. Em seguida estão: ouro (13% = R$ 6,6 bilhões); cobre (6% = R$ 3,2 bilhões); calcário dolomítico (3% = R$ 1,4 bilhão); bauxita (2% = R$ 1,1 bilhão); fosfato (1% = R$ 5,8 milhões).

Ainda no 3º trimestre de 2020 as maiores evoluções do faturamento (em reais) em relação ao 2º trimestre deste ano foram as do calcário dolomítico (54%); minério de ferro (37%); ouro e fosfato (22% cada); cobre (6%). Já o faturamento da bauxita declinou em 17%. O recolhimento de tributos apresentou crescimento de cerca de 28% em relação ao trimestre anterior, chegando a mais de R$ 17 bilhões, sendo R$ 1,44 bilhão em royalties (CFEM) e mais de R$ 16 bilhões em impostos, taxas e outros. No acumulado do ano – três trimestres – o setor mineral recolheu R$ 43,46 bilhões em tributos. Em todo o ano de 2019, o total foi de R$ 52,94 bilhões.

“A perspectiva para os próximos trimestres é manter a curva ascendente nesses indicadores, desde, é claro, que a pandemia ou outros fatores não interfiram no desempenho industrial, no Brasil e nos mercados compradores de minérios”, avalia Flávio Penido, diretor-presidente do Ibram. O dirigente afirmou, também, que o desenvolvimento e a expansão da indústria minerária no Brasil, nos próximos anos, “acontecerão de forma responsável e sustentável” com indicadores cada vez mais positivos em termos de sustentabilidade, segurança operacional, relacionamento com comunidades, entre outros pontos.

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