A Bahia é um dos nove estados do Brasil em que a maioria da população se encontra em situação de pobreza, ou seja, vivendo com uma renda mensal de até R$ 665,02.
Essa constatação é resultado de um levantamento realizado pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), vinculado à Secretaria de Estado de Economia e Planejamento (SEP) do Espírito Santo. Os dados utilizados são provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, referentes a 2022 e foram divulgados pelo G1.
Das 27 unidades da federação, 9 têm a maior parte da população composta por pessoas em situação de pobreza. Proporção da população que vive abaixo da linha de pobreza:
- Maranhão: 58,9%
- Amazonas: 56,7%
- Alagoas: 56,2%
- Paraíba: 54,6%
- Ceará: 53,4%
- Pernambuco: 53,2%
- Acre: 52,9%
- Bahia: 51,6%
- Piauí: 50,4%
- Amapá: 49,4%
- Pará: 49,1%
- Sergipe: 47,9%
- Roraima: 46,8%
- Rio Grande do Norte: 46,2%
- Tocantins: 35,8%
- Rondônia: 31,1%
- Rio de Janeiro: 29,1%
- Minas Gerais: 27,5%
- Espírito Santo: 26,8%
- Goiás: 24%
- Mato Grosso: 23,3%
- Mato Grosso do Sul: 23%
- Paraná: 21,3%
- São Paulo: 20,4%
- Rio Grande do Sul: 18,2%
- Distrito Federal: 17,3%
- Santa Catarina: 13,9%
O levantamento também revela que a taxa de pobreza no Brasil reduziu de 38,2% para 33% entre 2021 e 2022, aproximando-se do nível de 2020. No entanto, mesmo com essa diminuição, o número de pessoas vivendo em condições precárias ainda é alto, totalizando 70,7 milhões de brasileiros, em comparação aos 81,2 milhões registrados em 2021.
O estudo revelou que todos os estados do país apresentaram redução nas taxas de pobreza no último ano. Os estados com as maiores quedas foram Roraima, com uma redução de 11,7%, e Sergipe, com uma redução de 9,7%. No entanto, esses estados ainda possuem taxas elevadas, acima de 45%.
De acordo com o estudo, dois fatores principais contribuíram para a queda da pobreza em 2022: a melhoria do mercado de trabalho e a expansão de programas de transferência de renda, como o Auxílio Brasil. O programa foi fortalecido durante o último ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando ele disputou e perdeu a eleição presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Apesar da melhora, os dados indicam que os indicadores de pobreza ainda permanecem elevados de forma geral. “A taxa de pobreza alcançada em 2022 retornou a um patamar próximo ao observado em 2020, que era de 32,7%”, afirma Pablo Lira, doutor em Geografia e Diretor-Presidente do IJSN.
A queda do ano passado fica ainda mais evidente porque 2021 teve a taxa de pobreza mais alta dos últimos 11 anos. Segundo dados divulgados pelo IBGE no final do ano passado, a pandemia da covid-19 fez disparar a pobreza no Brasil. Com isso, o número de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza bateu recorde em 2021.
A pesquisa mostra ainda que o número de brasileiros vivendo na extrema pobreza – ou seja, com até R$ 208,73 por mês – também diminuiu, recuando de 20 milhões em 2021 para 13,7 milhões em 2022. Isso significa que, no ano passado, 6,4% da população vivia nestas condições.
Com informações do Blog do Valente