O plástico é um dos materiais mais presentes no dia a dia da sociedade, mas, embora tenha um papel essencial nas nossas vidas, ele ainda é visto como um vilão para grande maioria da população.
Isso porque, muitas pessoas consomem e descartam embalagens plásticas de forma negligente. Um dado alarmante é que, por ano, 8 milhões de toneladas do plástico vão parar nos nossos oceanos.
E foi pensando em um futuro próspero, sobretudo, para seu filho, que uma baiana de 37 anos, natural de Feira de Santana, desenvolveu um plástico descartável comestível capaz de diminuir a quantidade de lixo que é produzida pelos habitantes do planeta.
Para falar sobre a iniciativa, a Rádio Sociedade entrevistou nesta quinta-feira (16), a técnica ambiental e pesquisadora, Kat Nogueira.
Na ocasião, Kat contou que a maior motivação em criar a embalagem comestível foi o número expressivo de lixo produzido anualmente pelo país – 79 milhões de toneladas. Entretanto, o alto custo de produção do material transforma a tecnologia mais inacessível.
“A ideia é bem interessante […] mas há pouco investimento e pouca credibilidade ainda, por um custo de produção ser mais alto, aí eles [empresários] não se interessam, porque o plástico convencional é de fácil fabricação, porém, é facilmente descartável. Você usou um copinho hoje, você jogou fora. Ele não tem utilidade nenhuma, mas o lixo aumenta”, explicou.
Durante a entrevista, a pesquisadora esclareceu que embora a embalagem se assemelhe e tenha uma estrutura muito parecida com a convencional, o produto pode ser consumido.
“O valor apelativo é este, ele parecer um pouco e você acabar substituindo o convencional que existe e agregar as propriedades do mesmo”, finalizou.
De acordo com Kat, o produto é produzido a base de plantas comestíveis, diferente das embalagens já disponíveis no mercado. A embalagem ainda não patenteada.
Fonte: sociedadeonline