Barragens da região de Guanambi começam a recuperar volume

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As chuvas constantes dos últimos dias já estão interferindo nos níveis das barragens de Ceraíma e Poço do Magro, em Guanambi, e também de Estreito e Cova de Mandioca, em Urandi.

Os reservatórios, ambos localizados em rios intermitentes, são de responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do Rio São Francisco e Parnaíba (Codevasf), que faz o monitoramento dos níveis semanalmente, sempre às sextas-feiras.

Este ano, as primeiras chuvas caíram em algumas áreas da região em setembro, logo no início da primavera. Em outubro voltou a chover, porém em volumes insuficientes para saturar o solo e permitir o escoamento da água até as barragens. Já em novembro, as chuvas estão ocorrendo com maior frequência.

No Centro de Guanambi, o pluviômetro monitorado pela Agência Sertão já registrou mais de 210 milímetros de chuva (mm) até o domingo (27). Níveis e volumes

As duas barragens localizadas em Guanambi atingiram 100% da capacidade juntas pela primeira vez em janeiro. Desde então, ambas vêm perdendo o volume lentamente por conta do longo período seco característico do semiárido nordestino.

A Barragem de Poço do Magro está com o nível estabilizado há três semanas, na cota 517,49, um metro e meio abaixo do nível de vertimento. São mais de 29 milhões de metros cúbicos (m³) armazenados, o que equivale a 80% dos 37 milhões de m³ da capacidade total.

Na mesma época, em 2021, o reservatório tinha apenas 10,7 milhões de m³, o que equivale a aproximadamente 29%.

Já em Ceraíma, o nível subiu pela primeira vez depois de duas semanas de estabilidade. O lago armazena mais de 37 milhões de m³, equivalente a 72% do total de 51 milhões de m³ de capacidade. O nível está em na cota 511,58, pouco menos de 3,5 metros do nível do sangradouro.

De acordo com a Codevasf, o Perímetro Irrigado de Ceraíma consumiu cerca de 4,7 milhões de m³ de água em 2022. Outros 10 milhões de m³ foram consumidos pelo sistema integrado de abastecimento para consumo humano, irrigação no entorno e principalmente pela evaporação natural.

No fim de novembro de 2021, o volume do lago era de 34,6 milhões de metros cúbicos, o equivalente a 68% da capacidade.

As barragens localizadas em Urandi, interligadas por um canal comunicante, não chegaram a 100% da capacidade, mas conseguiram armazenar volumes expressivos com as chuvas da temporada anterior.

A Barragem de Estreito também começou a recuperar o seu volume. Ela armazena no momento 23,5 milhões de m³, 37% do volume. Há um ano, o volume era de 13,9 milhões de m³, ou 22%.

A barragem de Cova da Mandioca, a maior entre as quatro da região, ainda não interrompeu a trajetória de diminuição do nível, mas já está bem próxima de estabilizar seu nível.

Ela armazena atualmente 66 milhões de m³, equivalente a 52% da capacidade. Há um ano, o reservatório estava em volume morto, chegado a armazenar apenas 500 mil m³.

Previsões

Os institutos de meteorologia e os modelos meteorológicos estão indicando que deve continuar chovendo na região no restante do mês de novembro e pelo menos durante toda a primeira semana de dezembro.

Os volumes acumulados na região nos próximos dez dias devem variar entre 60 e 120 mm.

Fonte: Agência Sertão

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