Bernardina de Oliveira, (Dona Santa) é a homenageada desta Semana do quadro ”Personalidade da Semana”

cidades Ipirá Personalidade da Semana

Por Lucineide Almeida da Silva

Nascida em 1940, Bernardina de Oliveira, (Dona Santa) morava na zona rural, de Ipirá. Filha mais nova de 24 irmãos, foi adotada desde seu primeiro ano de vida, tendo vivido com seus pais adotivos em Ipirá até se casar. Quando questionada sobre os seus 50 apelidos, ela respondeu: “Meu nome de batismo era para ser Santa, mas quando meus pais adotivos me adotaram, eles mudaram meu nome para Bernardina, mas Santa sempre foi o nome
que todos lá no Rio Seco me chamavam e aqui também fiquei conhecida assim”, afirma Dona
Santa.
Também conhecida como Santa de Mano (apelido dado em referência ao seu esposo,
Osmando (in memoriam) ou Santa Rezadeira, devido às suas práticas de rezar por algum mal
que acometia as pessoas. Ela também relatou que quando ainda pequena via frequentemente
seus avós rezando e dando caruru, em oferenda pela graça recebida.

Afirmou ainda que aprendeu a rezar através de seus avós e que a reza sempre era um recurso terapêutico na sua família, pois, sempre que os pais ou avós adoeciam, estavam sempre atentos a espiritualidade,
recorrendo às pessoas que eles costumam chamar de “entendidas”, para passar os ramos, as
folhas. Sobre a sua infância, ela nos contou que estudou até os 11 anos. Naquela época,
estudava até aprender fazer o nome, depois ficava a cargo dos pais.

Mas segundo, Dona Santa, para os seus pais era importante aprender outros conhecimentos como, por exemplo, aprender a prática da reza, tradição da família: “Hoje eu rezo em casa, rezo no Terreiro e rezo na ladainha de nossa Senhora da Conceição e nossa Senhora Aparecida”.

Em sua vida adulta, relatou que passou por uma série de problemas, e não sabia o que se
passava com ela. Em suas palavras: “Eram noites e noites em claro com dores de cabeça”, mas os médicos nunca achavam nada, ela dava jeito nos problemas dos outros, mas não conseguia resolver os dela. Até que Emília, sua comadre, a apresentou ao Terreiro de Pai Damião, entendendo assim que os seus problemas estavam relacionados à espiritualidade.

“Quem acredita, bem, quem não acredita, amém”, finalizou Dona Santa.
Atualmente, Dona Santa é viúva, mãe de 8 filhos, moradora de Jitaúna, desde a década de 60.
Doméstica, sempre viveu para criar e educar os filhos. As pessoas sempre a procuram para rezar
em seus filhos de ventre caído, mau-olhado, diarreia, moleza no corpo, dentre outras moléstias.
Dona Santa é Filha de Santo de Pai Damião, na comunidade Jitaunense.

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