Um desfile de blocos afros e de afoxé percorrerá as ruas do Centro Histórico da capital baiana no próximo dia 25 de novembro, assim como acontece no Carnaval. Uma iniciativa inédita da Prefeitura de Salvador, o Desfile Salvador Capital Afro tem como objetivo dar protagonismo às entidades e grupos que reforçam a expressão cultural e social da população negra da cidade.
Os cortejos acontecerão das 14h às 22h, com saídas do Pelourinho e da Avenida Sete de Setembro. Participarão do evento os blocos Olodum, Ilê Aiyê, Malê Debalê, Afoxé Filhos de Gandhy, Cortejo Afro, Muzenza, A Mulherada, Didá, Bloco da Capoeira e Araketu. As apresentações serão realizadas com as bandas percussivas no chão, sem cordas, e com trios elétricos ou pranchões.
“Nos 50 anos de surgimento dos blocos afros, a cidade irá receber um evento para entrar no seu calendário: um desfile completo com protagonismo total das entidades, com um lindo e inédito encontro dos afros e afoxés na Castro Alves”, destaca o secretário municipal de Cultura e Turismo, Pedro Tourinho.
O Cortejo – Do Pelourinho sairá o cortejo de 100 baianas juntamente com os Filhos de Gandhy, A Mulherada, Filhas de Gandhy, Didá e Olodum. Já a Avenida Sete será o ponto de partida para os desfiles do Cortejo Afro, Bloco da Capoeira, Araketu, Malê de Balê, Ilê Aiyê e Muzenza.
Como acontece na maior festa popular do mundo, o tradicional encontro de trios na Praça Castro Alves promete abrilhantar e ser o ponto alto do evento. Por volta das 15h30, está previsto o primeiro encontro, com os Filhos de Gandhy e o Cortejo Afro. Em seguida, os blocos Didá e Malê Debalê também farão a festa conjuntamente na Praça Castro Alves. Em seguida, o local será palco do histórico momento em que Olodum, Ilê Aiyê e Muzenza encerrarão os festejos.
“O Desfile Salvador Capital Afro é uma vitória muito grande para toda a comunidade negra da nossa cidade. Nós, que rodamos o mundo, já vimos diversos eventos para o povo preto serem realizados. Agora, Salvador está mostrando a sua cara preta”, comemora o diretor do bloco Ilê Aiyê, Vovô do Ilê.
Por Luana Veiga. Foto: Sílvio Tito/Arquivo Secom PMS.
