BNDES destaca parcerias com Japão e agenda de inovação e transição energética em São Paulo

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Durante a 26ª Reunião Plenária do Conselho Empresarial Brasil-Japão, representante do Banco apresentou oportunidades de cooperação entre os dois países e investimentos estratégicos

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destacou sua estratégia de investimentos sustentáveis e de ampliação da cooperação internacional durante a 26ª Reunião Plenária do Conselho Empresarial Brasil-Japão (Cebraj), realizada na sede da Fiesp, em São Paulo.

Promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Federação das Indústrias do Japão (Keidanren), o encontro reuniu autoridades e lideranças empresariais para debater oportunidades de comércio, inovação e transição energética entre os dois países.

Chefe substituto do Departamento de Relacionamento Internacional do BNDES, Leonardo Botelho Ferreira ressaltou o fortalecimento da atuação internacional do Banco, com investimentos em 55 fundos que apoiam mais de 250 empresas. E celebrou a parceria histórica com o Japão, responsável por contratos recentes que somam mais de R$ 2 bilhões.

Durante sua participação no painel “Panorama Econômico e Oportunidades do Acordo de Parceria Econômica Mercosul-Japão”, ao lado de Márcia Nejaim (ApexBrasil), Kazushi Shibata (Banco MUFG Brasil) e Tetsuya Inoue (JETRO São Paulo), Botelho ressaltou a importância da cooperação internacional para enfrentar os desafios atuais da economia global, destacando o papel dos bancos de desenvolvimento, responsáveis por cerca de 10% do investimento mundial.

Ele lembrou que o BNDES tem apoiado a economia brasileira em diversas frentes, como no investimento em infraestrutura de longo prazo, inovação, comércio exterior, de pequenas e médias empresas e apoio ao mercado de capitais. Além de administrar fundos compostos por doações, como o fundo Amazônia. E abordou três grandes transições que moldam a agenda econômica: climática e energética, demográfica e tecnológica, destacando o Fundo Clima, que mobilizou US$ 2 bilhões em 2024 e deve receber outros US$ 2 bilhões neste ano, em apoio a projetos de transição energética, descarbonização e desenvolvimento urbano sustentável.

Segundo Botelho, o BNDES também tem atuado na estruturação de concessões de manejo florestal sustentável em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, abrangendo, hoje, áreas equivalentes ao território do Reino Unido. Esses projetos têm potencial para gerar créditos de carbono certificados, abrindo espaço para cooperação com o Japão no desenvolvimento de mecanismos de validação e certificação internacional.

Na esfera tecnológica, Botelho reforçou o compromisso do Banco com o fomento à inteligência artificial, infraestrutura de dados e formação de profissionais em áreas estratégicas. “Para ter um bom desenvolvimento de tecnologia e mais projetos de inteligência artificial no Brasil, precisamos de investimentos também na inteligência natural, formação de pessoas e profissionais na área de estatística, tecnologia, engenharia e matemática para desenvolver sistemas, algoritmos de LLM e, principalmente, nuvens soberanas para reduzir a dependência de infraestruturas externas”, disse.

Antes do encerramento do painel, ao responder a uma pergunta do mediador sobre a estratégia do Banco, Botelho explicou que o BNDES atua de forma alinhada às políticas públicas do governo federal, com base em três grandes programas: a Nova Indústria Brasil (NIB), o novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) e o Plano de Transformação Ecológica.

Segundo ele, o Banco concentra seus esforços em áreas como desenvolvimento social, transição verde, diversificação produtiva, inovação e digitalização. Botelho lembrou que mais de R$ 10 bilhões já foram destinados a pesquisa, tecnologia e infraestrutura de dados, além de investimentos em agropecuária sustentável, conservação da biodiversidade e modernização de serviços públicos.

Fonte: Agência BNDES de Notícias / Foto: Nicola Labate


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