‘Bordando resistência’: mulheres atingidas por barragens ocupam Masp com exposição a partir de 11 de abril

cultura

Mostra reúne 35 arpilleras que mostram impactos socioambientais causados por barragens no Brasil


O Museu de Arte de São Paulo (Masp) recebe, a partir desta sexta-feira (11), a exposição Mulheres Atingidas por Barragens: Bordando Direitos, que reúne 35 arpilleras (telas bordadas) produzidas por mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). A mostra integra a programação do eixo Histórias da Ecologia, tema central do museu em 2025.

Criadas entre 2013 e 2024, as obras retratam vivências, perdas, resistências e denúncias relacionadas à construção de barragens e aos impactos socioambientais provocados por grandes projetos de infraestrutura no Brasil. A exposição marca a primeira vez que as arpilleras do MAB ocupam o Masp.

“Através de pontos e linhas, expressamos as dores e esperanças das mulheres que, como eu, vivem na luta diária contra as injustiças do modelo energético e capitalista”, afirma Daiane Hohn, da coordenação nacional do MAB. “A exposição no Masp será uma oportunidade para levar a nossa luta a um dos maiores centros culturais do mundo”, comemora.

A técnica das arpilleras tem origem no Chile dos anos 1960, quando mulheres passaram a bordar cenas de repressão e resistência durante a ditadura de Augusto Pinochet. No Brasil, as mulheres do MAB utilizam a prática como forma de denúncia e registro da luta por justiça social e ambiental.

A mostra tem curadoria e apoio do Masp. Como parte da iniciativa, o MAB também fará a doação de uma arpillera ao acervo permanente do museu.

A exposição fica em cartaz até 3 de agosto de 2025. A entrada é gratuita às terças-feiras, o dia inteiro, e às sextas, das 18h às 21h.

Serviço
Exposição: Mulheres Atingidas por Barragens: Bordando Direitos
Período: 11 de abril a 3 de agosto de 2025
Local: Museu de Arte de São Paulo (MASP)
Endereço: Avenida Paulista, 1578 – São Paulo (SP)

Editado por: Thalita Pires

Fonte: Brasil de Fato / Tela em homenagem à militante do MAB Nilce de Souza Magalhães, a Nicinha, assassinada em 2016 – Marcelo Aguilar/MAB



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