Brasil pode elevar vendas de proteína via Porto Tanger- Med

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Segundo executivo da CNA, há oportunidade para país vender mais carnes de frango e bovina ao Marrocos. O complexo portuário que fica na cidade de Tanger é o maior do Mediterrâneo.

As exportações brasileiras de proteínas têm potencial para crescer rumo ao mercado marroquino. Segundo o coordenador de Inteligência Comercial na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Felipe Spaniol, apesar do país ser um grande exportador de carnes como a bovina e a de frango, ainda não faz muitos embarques direcionados ao Porto Tanger-Med. O complexo portuário que fica na cidade de Tanger é o maior do Mediterrâneo e da África.

Spaniol frisou que a Ásia, o Oriente Médio e a África são as localidades que mais têm elevado suas compras de produtos vindos da agricultura brasileira. “Nós vemos muitas oportunidades por duas razões. A primeira é o aumento de importações e também um crescimento da população nessas regiões. A segunda é o aumento de renda dessas populações. E o Brasil pode contribuir com essa nova realidade, especialmente nos países africanos”, afirmou.

Coordenador de Inteligência da CNA, Felipe Spaniol: “Nós vemos muitas oportunidades por duas razões. A primeira é o aumento de importações e também um crescimento da população nessas regiões. A segunda é o aumento de renda dessas populações” – Foto: Divulgação 

O executivo da CNA participou do webinar ‘Tanger-Med (Marrocos): Hub para o agronegócio brasileiro’, realizado no último dia 10. O evento foi promovido pela embaixada do Marrocos no Brasil e a Câmara de Comércio Árabe Brasileira. Presente na abertura do webinar, o presidente da Câmara Árabe, Osmar Chohfi, lembrou da crescente relevância das vendas dos marroquinos ao Brasil. “As importações brasileiras do Marrocos – isso é muito interessante – aumentaram muito nos últimos anos. O Marrocos é um dos nossos principais parceiros e é um grande fornecedor de fertilizantes para nós”, declarou.

Nabil Adghoghi, embaixador do Marrocos no Brasil, lembrou a importância de trazer temas como a capacidade do porto marroquino ao centro do debate. “A logística será a chave para a relações entre Brasil e Marrocos nos próximos anos”, expôs.

O Porto Tanger-Med fica localizado no norte do Marrocos, na altura do Estreito de Gibraltar. “É a menor distância entre Europa e África”, ressaltou Hassan Abkari, gerente-geral do Porto Tanger-Med. O gerente-geral também frisou que a localização privilegiada do país colaborou para fazer dele parceiro de países industrializados ou agricultores em seus planos de estabelecer suas cadeias de suprimento.

Rachid Houari, vice-diretor geral da Autoridade do Porto Tanger-Med e diretor-geral da Logísticas Zone Medhub, explicou que a estrutura inclui quatro terminais com exportação de produtos como carros para 70 destinos, incluindo o Brasil, além de caminhões.

Para Idriss Aarabi, diretor de operações de exportação e importações da Autoridade do Porto Tanger-Med, um dos pontos fortes é o volume de operações realizadas diariamente. “Muitos exportam frutas e vegetais a partir do Porto Tanger-Med graças à frequência de embarques. E nós temos nesse terminal partidas a cada meia hora”, explicou.

Outro painel contou com Ted Lago, CEO do Porto do Itaqui, localizado no Maranhão. Lago destacou a localização do empreendimento, que tem conexões ferroviárias com importantes regiões produtoras de soja do Brasil. Já Ricardo de Amorim, diretor-geral de Operações Logísticas no Porto de Itajaí, no estado de Santa Catarina, ressaltou a importância do complexo de Tanger, com o qual o porto brasileiro tem linhas há pelo menos 10 anos.

Já Ingo Plögler, vice-presidente de Relações Internacionais na Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), pontuou que também é preciso estar atento a oportunidades como as que as zonas francas podem oferecer aos brasileiros. A moderadora dos painéis foi Elaine Prates, executiva de Relações Institucionais da Câmara Árabe.

Fonte: Ascom Anba

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