O anúncio dos sucessos nos testes da vacina da Covid-19 caiu como um alento para a população mundial, mas o Brasil pode enfrentar dificuldades na hora de imunizar sua população contra o vírus por um detalhe: a falta de seringas. À coluna da Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Paulo Henrique Fraccaro, superintendente da Abimo, a associação brasileira de produtores de itens hospitalares, afirmou que “a demanda pelo insumo vai crescer exponencialmente no mundo todo”.
Fraccaro afirma que a capacidade anual máxima de produção de seringas pela indústria brasileira é de 1,5 bilhão por ano — a população do Brasil era de 209,5 milhões em 2018.
E o governo vai ter que continuar com as campanhas normais contra o sarampo, a dengue etc (…) O tempo de produção para 50 milhões de seringas aqui é de cinco meses”, segue o superintendente. Mas só para vacinar contra a Covid-19, o Brasil vai precisar no mínimo de 300 milhões de seringas num prazo de três ou quatro meses”, explica.
O superintendente disse à coluna que, preocupado, levou o assunto ao Governo de São Paulo e ao Ministério da Saúde. A Secretaria da Saúde de SP diz que possui expertise na realização de campanhas de vacinação e que tem “o total compromisso com o planejamento de aquisição, logística e ações de vacinação contra Covid-19 tão logo haja imunizante disponível e definição de cronogramas e população alvo”.
Já o Ministério informou que o Sistema Único de Saúde (SUS) “possui um dos maiores programas de vacinação do mundo”, que “o Brasil já prepara a rede de logística para o desafio de vacinar a população contra a Covid-19” e que “as aquisições de seringas e agulhas serão compatíveis com a necessidade de cobertura populacional”. (BNews)