Brasil retoma confiança internacional e 17 países reabrem mercado para carne de aves após reconhecimento da OMSA

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Entre os países que suspenderam as barreiras estão mercados relevantes como Japão, Paraguai, Egito, Vietnã e República Dominicana. Além desses, Argélia, Bolívia, Bósnia e Herzegovina, El Salvador, Iraque, Lesoto, Líbia, Marrocos, Mianmar, Montenegro, Sri Lanka e Vanuatu também retomaram as compras da proteína avícola brasileira.

A confiança sanitária internacional na carne de frango brasileira foi reforçada, após o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmar que 17 países já retiraram as restrições impostas à importação do produto, em decorrência de um foco de Influenza aviária de Alta Patogenicidade detectado no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. A decisão ocorre após a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reconhecer que o Brasil voltou a ser considerado livre da doença.

Entre os países que suspenderam as barreiras estão mercados relevantes como Japão, Paraguai, Egito, Vietnã e República Dominicana. Além desses, Argélia, Bolívia, Bósnia e Herzegovina, El Salvador, Iraque, Lesoto, Líbia, Marrocos, Mianmar, Montenegro, Sri Lanka e Vanuatu também retomaram as compras da proteína avícola brasileira.

Reconhecimento internacional fortalece imagem sanitária do Brasil

O reconhecimento da OMSA, aliado ao fim do estado de emergência zoossanitária em Montenegro, fortalece a posição do Brasil como fornecedor confiável no cenário global. A portaria nº 809, publicada pelo Mapa, oficializou o encerramento do estado de emergência sanitária instaurado em 16 de maio, por 60 dias, abrangendo um raio de 10 km ao redor do foco. Com a conclusão das ações sanitárias e a ausência de novos casos, o Brasil retomou oficialmente o status sanitário anterior à ocorrência.

A rápida resposta das autoridades brasileiras e a adoção de medidas técnicas rigorosas foram essenciais para conter o avanço da doença e demonstrar à comunidade internacional a eficácia do sistema de vigilância sanitária nacional.

Situação das restrições ainda vigentes

Apesar da reabertura de diversos mercados, alguns países mantêm restrições de diferentes níveis:

  • Suspensão total das exportações brasileiras de carne de aves: Albânia, Argentina, Canadá, Chile, China, Filipinas, Índia, Macedônia do Norte, Malásia, Mauritânia, Paquistão, Peru, Timor-Leste, União Europeia e Uruguai.
  • Suspensão restrita ao estado do Rio Grande do Sul: África do Sul, Angola, Arábia Saudita, Armênia, Bahrein, Bielorrússia, Cazaquistão, Coreia do Sul, Cuba, Kuwait, México, Namíbia, Omã, Quirguistão, Reino Unido, Rússia, Tajiquistão, Turquia e Ucrânia.
  • Suspensão limitada ao município de Montenegro (RS): Catar, Emirados Árabes Unidos e Jordânia.
  • Suspensão limitada à zona de ocorrência (regionalização): Hong Kong, Maurício, Nova Caledônia, São Cristóvão e Nevis, Singapura, Suriname e Uzbequistão. Essas ações seguem diretrizes da OMSA e do Acordo sobre Medidas Sanitárias e Fitossanitárias da Organização Mundial do Comércio (OMC), que permitem a aplicação de restrições com base na regionalização dos focos.

Articulação contínua com mercados internacionais

O Mapa segue atuando de forma transparente e técnica junto às autoridades sanitárias dos países importadores, reforçando a segurança do sistema brasileiro de defesa agropecuária. O objetivo é assegurar a retomada plena das exportações e minimizar os impactos comerciais decorrentes da ocorrência pontual da gripe aviária no país.

Mesmo diante do episódio isolado, o Brasil continua sem registro de Influenza aviária em plantéis comerciais, o que reafirma o rigor e a eficiência dos protocolos de biosseguridade adotados pela avicultura nacional — setor que lidera as exportações globais de carne de frango.

Fonte: O Presente Rural / Fotos: Shutterstock

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