Em coletiva na manhã desta quarta-feira (5), o prefeito Bruno Reis (DEM) adotou um tom conciliatório e negou atritos com o governo do estado no polêmico assunto de volta às aulas. “Com todo respeito ao site da Metropole, acho que vocês se confundiram… Em nenhum momento houve divergência entre prefeitura e governo. Então não há qualquer dúvida quanto à educação”, disse.
Na última terça (4), a assessoria do prefeito havia enviado um comunicado afirmando que a capital baiana estava fora da lista de cidades regidas pelo decreto estadual, que determinava que as aulas nos ensinos fundamental e médio só poderiam retornar casos as regiões de saúde atingissem 75% de ocupação de leitos por cinco dias seguidos. Procurado pelo Metro1, o Estado corrigiu a interpretação da prefeitura e disse que Salvador fazia, sim, parte da determinação.
Bruno Reis voltou a apelar aos professores que retornem às salas de aula, sem “politizar a educação na pandemia”, e disse que tratará do assunto em uma reunião com a APLB Sindicato, no final da manhã de hoje. Segundo o prefeito, novas decisões serão tomadas a partir do posicionamento da categoria.
Sobre a crise da segunda dose da CoronaVac, Bruno afirmou que, mesmo com a previsão de chegada de 10 mil novas doses nesta quinta (6), não há condições de suprir todo o público que aguarda a aplicação de reforço na capital, que tem um público de 40 mil pessoas aguardando tomar o reforço.
A falta de doses surgiu, de acordo com o prefeito, após a Secretaria Municipal de Saúde seguir recomendação do Ministério da Saúde de aplicar todas as doses, sem guardar uma quantidade para quem já tinha sido imunizado. Questionado pelo Metro1 se houve arrependimento em seguir o Ministério da Saúde, Bruno Reis disse que não havia nada a fazer e avaliou que a prefeitura seria criticada da mesma maneira caso segurasse os imunizantes.
Ainda durante a coletiva, o prefeito sinalizou que a vacinação por faixa etária na capital baiana poderá ser retomada tão logo a imunização dos públicos prioritários avance. Ele defendeu, entretanto, que os municípios tenham maior autonomia quanto ao Plano Nacional de Imunização (PNI). “O PNI diz que nós temos quatro etapas. Já avançamos em diversos públicos da quarta etapa, falta pouca coisa pra concluir. Inclusive defendo que a CIB aprove logo a liberação de 100% dos trabalhadores de limpeza pública, transporte público e segurança, para que a gente avance junto com comorbidades. Nós temos vacinas. Salvador hoje tem um estoque de 100 mil vacinas para primeira dose. Dá logo mais liberdade para os municípios irem aplicando, gente! Fazendo isso, a gente volta para as outras idades”, disse.
Fonte:Metro 1