O apresentador José Luiz Datena, 63 anos, da Band, rebateu a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que chamou jornalistas de “bundões” nesta segunda-feira (24).
“Bundão é o Jair. Bundão é o senhor. Eu não sou bundão, presidente”, disse Datena ao vivo em rede nacional.
No dia que o Brasil registra 115 mil vidas perdidas para o novo coronavírus e um dia depois de ameaçar um jornalista após ser questionado sobre depósitos de Fabrício Queiroz à primeira-dama, o presidente participou do ‘Encontro Brasil Vencendo a Covid-19’ no Palácio do Planalto, na manhã desta segunda-feira (24). Na ocasião, ele voltou a atacar os jornalistas ao dizer que, diferentemente dele, que teve a doença mas conseguiu superar com a ajuda do seu “histórico de atleta”, isso não costuma ocorrer entre os profissionais da imprensa.
“Aquela história de atleta, né, que o pessoal da imprensa vai para o deboche, mas quando pega num bundão de vocês [jornalistas], a chance de sobreviver é bem menor”, comentou.
O líder nacional também acusou os jornalistas de só saberem “fazer maldade”. “Usar a caneta com maldade em grande parte. Tem exceções, como o Alexandre Garcia, a chance de sobreviver é menor que a minha”, reforçou.
Em seu discurso durante o ‘Vencendo a Covid-19’, no qual não chegou a prestar condolências às vítimas da doença, ele ainda aproveitou para falar sobre a hidroxicloroquina, remédio que não tem eficácia comprovada contra a covid-19. “Se a hidroxicloroquina não tivesse sido politizada, muitas dessas vidas não teriam sido salvas dessas 115 mil que o Brasil chegou nesse momento”, finalizou.
Críticas a Mandetta
Ele também aproveitou a fala para criticar a atuação do ex-ministro da Saúde, Mandetta, e exaltar a do atual interino, general Eduardo Pazuello, por ter liberado a prescrição da hidroxicloroquina para o tratamento do coronavírus.
O presidente também criticou a atuação do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, por conta do Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos), e exaltou o ministro interino da Saúde, Pazuello, por ter alterado a orientação de receitar a hidroxicloroquina, dando aos médicos o poder de escolha quanto ao uso no tratamento do coronavírus.
Durante o discurso, Bolsonaro também recuperou o episódio da facada que levou em 2018 – quando fazia campanha presidencial em Juiz de Fora (MG) – para agradecer a atuação dos profissionais da saúde pela própria vida. Com informações do JC Online | Rede Nordeste.
Fonte: Correio da Bahia