Foto: Marlon Ferraz/Blog do Braga

Caminhoneiros bolsonaristas voltam a protestar e fecham rodovia no oeste da Bahia

Bahia

Caminhoneiros bolsonaristas voltaram a protestar na tarde desta segunda-feira (31), na BR-020, em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, por não aceitarem a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições. Este é o segundo protesto feito pelo grupo no mesmo trecho a rodovia. O primeiro aconteceu ainda na noite de domingo (30) e terminou durante a madrugada.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os manifestantes bloquearam a rodovia e colocaram fogo em pneus. O protesto começou por volta das 13h30 e às 16h causava congestionamento de cerca de três quilômetros em ambos os sentidos. A pista foi interditada parcialmente no km 205.

Ônibus, vans, carros de passeio e caminhões com perecíveis estão parados no local e aguardam o final da negociação entre agentes da PRF e manifestantes para a liberação das vias.

A pista foi liberada na madrugada desta segunda, por volta das 2h30. Em imagens que circulam nas redes sociais, uma manifestante que não foi identificada afirmou que “entregar o Brasil para Lula é o mesmo que morrer”.

“[A] manifestação [é] contra o resultado da eleição corrupta, cheia de problemas, cheia de confusão. Nós não queremos ser invadidos pelo comunismo, queremos o melhor para o Brasil. Vamos lutar pelo nosso país. Vamos continuar produzindo grãos, comida para o povo e não queremos o comunismo”, disse a mulher.

A cidade de Luís Eduardo Magalhães, onde ocorreu o protesto, foi uma das duas cidades baianas que o candidato à presidência da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), perdeu. O desempenho do petista na Bahia foi o segundo melhor de todo o país, atrás apenas do estado do Piauí, que teve 76,84%. Lula venceu em 415 dos 417 municípios baianos.

Em números gerais, Lula foi eleito com 50,90% dos votos válidos enquanto o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), ficou com 49,10%. A diferença percentual entre os dois candidatos é a menor desde a redemocratização.

Fonte: G1 Bahia