Iniciativa promoverá intercâmbios para pessoas pretas, pardas e quilombolas em universidade moçambicana. MEC vai selecionar 50 estudantes para participarem do programa
Foi publicada, na terça-feira (20), a lista com as 980 inscrições recebidas para a primeira edição do Caminhos Amefricanos: Programa de Intercâmbios Sul-Sul. Das candidaturas apresentadas, 50 serão selecionadas para participar do intercâmbio de 15 dias na Universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo), em Moçambique.
Agora, haverá um período para análise das candidaturas, e o resultado dessa etapa está previsto para ser divulgado em maio. Os aprovados farão um curso on-line de 40 horas sobre história e cultura afro-brasileira e moçambicana no segundo semestre deste ano, antes de partirem para a estadia de duas semanas no país africano.
Iniciativa do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Igualdade Racial (MIR), o programa é executado por uma parceria entre a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A proposta é enviar quilombolas e pessoas autodeclaradas pretas ou pardas para intercâmbios de curta duração em países do Sul global.
O edital conta com R$ 1,8 milhão, proveniente do MIR. Cada estudante receberá R$ 10.500 para diárias, R$ 13.172 para passagens aéreas, R$ 520,75 de auxílio seguro-saúde, R$ 257,25 para ajudar na emissão de passaporte e R$ 250,00 para o visto de entrada em Moçambique.
Caminhos Amefricanos – O Caminhos Amefricanos: Programa de Intercâmbios Sul-Sul vai estimular a troca de conhecimentos, experiências e políticas públicas que contribuam para o combate ao racismo e para a educação das relações étnico-raciais, a partir da cooperação acadêmica entre instituições de ensino superior e incentivo a pesquisas e ao desenvolvimento científico e tecnológico para a promoção da igualdade racial. Além disso, a ação fortalecerá a formação inicial e continuada de educadores na perspectiva da Educação das Relações Étnico-Raciais.
Cabe à Diretoria de Políticas de Educação Étnico-Racial e Educação Escolar Quilombola, da Secadi, organizar o curso de formação para estudantes e professores selecionados para participarem do programa. Também é de responsabilidade da Diretoria firmar parceria com instituições de educação superior para formação, acompanhamento e avaliação de estudantes intercambistas brasileiros e estrangeiros.
Fonte: Ministério da Educação (MEC)