O prefeito Bruno Reis (DEM) havia garantido que as gestantes de Salvador não precisariam se preocupar com a polêmica envolvendo a vacina AstraZeneca e os possíveis efeitos colaterais em gestantes. “Aqui em Salvador, todas as grávidas foram vacinadas com a Pfizer”, disse, em entrevista coletiva nesta terça-feira (11).
Um ouvinte da Rádio Metropole, no entanto, encaminhou o cartão de vacinação (foto) com uma informação que desmente o que foi dito pelo prefeito. No documento, consta que sua esposa, grávida de sete meses, e com 40 anos de idade, foi vacinada com a AstraZeneca (Fiocruz/Oxford). Ela se cadastrou como “grávida” e foi vacinada por estar neste grupo prioritário, explica seu marido.
“Ela foi vacinada no Parque de Exposições, na sexta-feira (7). Todo mundo que estava lá recebeu AstraZeneca”, disse o ouvinte Rodrigo Viana, advogado.
Nesta segunda-feira (12), a Secretaria Estadual da Saúde acatou a recomendação da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) e pediu a suspensão imediata da aplicação da vacina Astrazeneca em gestantes na Bahia.
A solicitação da Anvisa aconteceu na noite da última segunda-feira (10), após a confirmação que uma grávida morreu no Rio de Janeiro, com trombose, após a aplicação do imunizante. A vacinação em grávidas com os imunizantes Coronavac e Pfizer continua liberada. Em Salvador, a imunização em gestantes começou há cinco dias.
“A gente já entrou em contato com a obstetra da minha esposa e estamos monitorando a situação. Ela teve reação de calafrios e princípio de febre, mas até onde li isso era normal”, diz Viana.
Ele disse também que está preocupado com a aplicação da segunda dose. “Agora que suspenderam a vacinação, não sei se ela terá direito a nova vacina”, diz. O tempo de imunização da AstraZeneca é de 90 dias entre uma aplicação e outra.
Fonte: Metro 1