Cátedra Marquês de Pombal reedita romance histórico e lança outras quatro obras

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Todas as obras da coleção Pombal podem ser baixadas gratuitamente

Cátedra Marquês de Pombal, cooperação da Universidade Federal de Sergipe com o Instituto Camões, I.P., lançou cinco livros, no final do ano passado, em parceria com editoras de Portugal e Brasil, para compreensão do período pombalino e da figura de Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal.

O professor Luiz Eduardo Oliveira, do Departamento de Letras Estrangeiras, e responsável pela Cátedra, explica que a chamada Coleção Pombal, “ao tempo em que reedita obras clássicas pouco conhecidas, dá a oportunidade de publicação de estudos acadêmicos voltados sobretudo para o século 18, tanto de Portugal quanto do Brasil, e mais especificamente para o período pombalino”.

“Aquele é um momento histórico decisivo para várias transformações na sociedade portuguesa e, por consequência, na sociedade colonial brasileira, e acaba por dar fundamento às bases discursivas do Brasil como nação, tempos depois”, completa.

A revolução das luzesobra que trata dos progressos e limites da política reformista pombalina, além de e-book, tem versão impressa pela Editora Pontes e é composta de textos apresentados no I Simpósio Pombalino Internacional, realizado de forma híbrida entre os dias 29 de novembro e 3 de dezembro de 2021, na Universidade Federal de Sergipe.

“Esse é um livro muito especial porque tem apresentação do embaixador de Portugal e também do reitor da UFS, e conta com importantes textos internacionais, de pesquisadores da Alemanha, Espanha, Portugal, além das contribuições brasileiras”, comenta Luiz Eduardo.

A coleção reeditou O terremoto de Lisboa, romance histórico de Manuel Pinheiro Chagas. Publicado originalmente em 1874 sobre essa que foi uma das maiores tragédias da Europa, o romance inaugura “uma tradição de romances históricos sobre este tema”.

Com ortografia atualizada, a obra recebeu um estudo crítico do professor Cleber Vinicius do Amaral Felipe, prefácio de Luís André Nepomuceno, e contará com versão impressa em 2023.

Publicada originalmente em 2010, A legislação pombalina sobre o ensino de línguas, recebe segunda edição acrescido de novos estudos e prefácio do professor português José Eduardo Franco. A obra trata do impacto, na educação brasileira, das medidas adotadas no período de 1757-1827.

Contando também com parceria da Universität Vechta, na Alemanha, foram publicadas duas coletâneas em inglês. Entre Nero e Prometeu é a primeira delas e debate a imagem controversa do Marquês de Pombal, personagem “decisivo da história do império português, mas também no processo de organização e unificação do Brasil”.

A outra coletânea, por fim, tem por título Grandes obras historiográficas pombalinas, e traz, pela primeira vez em língua inglesa, grupos de escritos historiográficos pombalinos com seus respectivos estudos críticos.

Todas as obras da coleção Pombal podem ser baixadas gratuitamente.

Luiz Eduardo Oliveira, do Departamento de Letras Estrangeiras, é o responsável pela Cátedra Marquês de Pombal
Luiz Eduardo Oliveira, do Departamento de Letras Estrangeiras, é o responsável pela Cátedra Marquês de Pombal

Selo E-Pomb@l

Ainda este ano, a Cátedra Marquês de Pombal pretende publicar as obras selecionadas pelo edital do selo digital E-Pomb@l, iniciativa aberta à seleção de até 20 livros inéditos ou reedições de obras já publicadas que tenham relação com o período pombalino ou com o século 18.

A Cátedra

Dedicada ao desenvolvimento de iniciativas científicas e culturais sobre o século 18 no Brasil e em Portugal, a Cátedra Camões na Universidade Federal de Sergipe tem como seu patrono a figura do estadista português conhecido como Marquês de Pombal.

A Cátedra veio inaugurar ou aprimorar uma série de possibilidades de cooperação entre a UFS e outras universidades e pesquisadores, a exemplo das obras completas do Marquês de Pombal, que serão publicadas pela Editora UFS, do Dicionário Global das Religiões, em fase final de preparação, e do já publicado Dicionário dos Antis: a cultura brasileira em negativo.

* Com informações de Portal UFS

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