O Centro Cultural Solar Ferrão, localizado no Pelourinho, em Salvador, recebe a exposição “Hãhãw: Arte Indígena Antirracista”, feita por 26 artistas de origem indígena. Sob a curadoria de Yacunã Tuxá e Ziel Karopoto, a mostra fica em cartaz entre os dias 23 de abril e 23 de julho e a visitação pode ser feita de terça-feira a domingo das 10h às 18h. A abertura será marcada por uma performance de Olinda Tupinambá e Ziel Karapoto. A expectativa é receber mais de 50 mil pessoas, entre turistas, escolas e apreciadores de espaços culturais.
“Os visitantes poderão ouvir o ressoar da voz de 26 artistas indígenas que, mesmo sendo de diferentes povos e regiões do país, caminham alinhados pelo cenário da arte brasileira, propondo uma revisão histórica e estética mas que, acima de tudo e através de suas linguagens artísticas diversas, nos dão o respiro necessário para sonhar um outro céu”, ressalta Yacunã Tuxá, curadora da exposição.
Na mostra estão reunidos objetos, pinturas, desenhos, esculturas, vídeos e performances de artistas de povos de diferentes contextos, biomas e regiões, com destaque para Pataxó (BA), Tupinambá (BA), Pataxó Hãhãhãi (BA), Tuxá (BA), Baniwa (AM), Wapishana (RR/PR), Guarani (MS), Terena (MS), Kaiapó (PA), Xukuru (PE), Karapotó (AL), Tremembé (CE), Kariri (CE), Anacé (CE), Pankararu (PE), Atikum (PE), Pankara (PE), Karão Jaguaribaras (CE).
“Receber essa ocupação indígena, composta por 26 artistas, em um patrimônio que representa a nossa colonização é muito relevante e traz a perspectiva da luta indígena para o centro das discussões, no nosso centro histórico, que é um espaço de resistência”, aponta a gestora e curadora do Centro Cultural Solar Ferrão, Adriana Cravo.
Fonte: Alô alô / Foto: Divulgação