Chico César, cantor que se tornou nacionalmente conhecido nos anos 1990 com o hit Mama África, lançou uma nova música com críticas ao presidente Jair Bolsonaro e ao segmento evangélico da sociedade brasileira.
O artista paraibano compôs e lançou a música Bolsominions são Demônios, em que se refere aos evangélicos como aqueles que “vão ao culto para brincar de amigo oculto com satã”. A reação foi imediata e muitos fiéis passaram a apontar a “intolerância religiosa” de Chico César.
Um dos que protestaram contra a música foi o pastor Estevam Fernandes, da Primeira Igreja Batista de João Pessoa, que lembrou que Chico César é um artista que tem enorme contribuição à cultura paraibana, porém disse que sua nova composição vai no limiar da liberdade de expressão, pois desrespeita aqueles que discordam de sua visão de mundo.
“Tenho muito respeito a Chico César. Ele é excepcional, representa a Paraíba, mas eu acho que, mesmo em nome da liberdade de expressão, não podemos desrespeitar os outros. Lamento que de alguma forma ele ofende espiritualmente a grande parte da população brasileira”, afirmou Fernandes, de acordo com informações do portal Paraíba Online.
Outra formadora de opinião que protestou foi a vereadora Eliza Virgínia (PP). Evangélica, a parlamentar de João Pessoa considera que o cantor ofendeu não só os eleitores do presidente Jair Bolsonaro, mas também os cristãos evangélicos.
“Ele envergonha a Paraíba. Quem está endemoniado é você e se você quiser, a gente faz uma oração e Deus tira o demônio de você”, disse a vereadora, valendo-se da já tradicional espontaneidade nordestina. Eliza Virgínia acrescentou que a postura de Chico César incita a “cristofobia” e irá fazer um voto de repúdio ao artista na Câmara Municipal da capital paraibana.
Confira a letra da nova música de Chico César:
Bolsominions são demônios
Que saíram do inferninho
Direto pro culto para brincar de amigo oculto com satã num condomínio
Bolsominions são vergonhas
Que pastavam distraídos
Whisky modesto, horror a festa
E a risada instruída
A bolsa de valores sem valores
Os corpos molhados sem alma
O sangue de barata e a raiva por toda humanidade que não quer ser salva
A bolsa de valores sem valores
Os corpos molhados sem alma
O sangue de barata e a raiva por toda humanidade que não quer ser salva
Fonte: Voz da Bahia