“Deletar a América.” É assim que ficou conhecida uma diretriz do governo chinês para tirar todas as gigantes de tecnologia dos EUA que atuam no país asiático.
O Documento 79 exige que as empresas estatais substituam os softwares e aparelhos estrangeiros por dispositivos e sistemas fabricados em território nacional até 2027.
Despejando grana: O governo aumentará em 10% os investimentos em empresas de ciência e tecnologia, chegando aos US$ 51 bi. Isso quando os gastos estatais batem recorde de mais de US$ 6 trilhões.
O regime está pressionando para que, além das empresas, cidadãos troquem seus celulares e computadores de marcas americanas por produtos chineses — mesmo que eles não sejam tão bons quanto.
The big picture: Com o tempo, a intenção da China é ficar cada vez menos dependente do Ocidente em comida, energia, matéria-prima e, principalmente, semicondutores — que têm sido motivo de disputa com a ascensão da AI.
🇺🇸🇨🇳 Quem tá espionando quem? Outro argumento de Pequim é que os softwares americanos estariam vigiando as comunicações chinesas. Do outro lado, os EUA também acusam a China de espionagem.
Grande Muralha Digital: A China tem suas próprias versões de apps como Google, X e WhatsApp. A política de “Delete a América” fez com que BIG TECHs americanas diminuíssem quase pela metade a atuação no território chinês nos últimos cinco anos.
Fonte: The News / (Imagem: POLITICO | Reprodução)