Cinco fatores que levaram o Boston Celtics às finais da NBA

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Após liderar liga na fase regular, time “passeia” nos playoffs

O Boston Celtics está nas finais da NBA. Não chega a ser surpresa para ninguém, pois o time foi o melhor durante toda a temporada regular e está “passeando” nos playoffs. Até aqui, a equipe de Massachusetts conquistou 12 vitórias em 14 jogos nos mata-matas. Por mais que em algumas partidas o Celtics tenha passado por algumas dificuldades, o resultado invariavelmente foi o mesmo: vitória. Então, hoje citamos cinco fatores que contribuíram para acontecer.

Bem, se tem uma coisa que o técnico Joe Mazzulla abraçou foi o arremesso de três pontos. Nada menos que 47.1% das tentativas de arremessos do Boston Celtics na temporada foram do perímetro. Era um fato preocupante na fase regular, pois é natural que nos playoffs o aproveitamento iria cair.

De fato, caiu.

Enquanto a temporada regular o Celtics acertou 38.8% das tentativas, nos playoffs da NBA foi para 36.8%. Ou seja, caiu, mas não o suficiente para abalar o mundo. Passou sufoco contra o Indiana Pacers em três dos quatro jogos, mas qual foi o resultado mesmo? No fim das contas, chegar às finais é apenas uma consequência de um trabalho bem feito.

Mazzulla merece críticas por não alterar o sistema de jogo quando a bola não cai, mas a defesa permanece intacta e sabe fechar jogos. E times vencedores sempre possuem tal característica. Então, é sinal de que ele sabe o que está fazendo.

Cinco fatores que contribuíram para o Boston Celtics chegar às finais da NBA

1. Qualidade do elenco

Jayson Tatum e Jaylen Brown são peças importantíssimas para o Celtics lutar pelos primeiros lugares. Desde que eles amadureceram, Boston sempre esteve envolvido na luta pelo título. Então, a construção do elenco passava sempre por rodear os dois de talento. E foi o que aconteceu.

Nos útlimos anos, o Boston Celtics tinha chances reais de ir às finais da NBA e até conseguiu em 2021/22, mas o time não rendeu o que esperava. Então, trocou jogadores que faziam parte do grupo principal, como Marcus Smart, Robert Williams e Grant Williams.

Apesar de a direção receber muitas críticas por trocar Robert Williams e Smart, o time inseriu peças como Jrue Holiday e Kristaps Porzingis. Houve uma certa desconfiança em relação ao letão, por conta de constantes lesões no passado, mas ele conseguiu ser efetivo. Apenas nos playoffs, quando mais importava, ele sofreu contusão e perdeu boa parte dos jogos. No entanto, ele estará de volta contra o Dallas Mavericks.

2. Jayson Tatum é um MVP ambulante

Tudo bem, você pode até não gostar de Jayson Tatum, mas ele é realmente de outro nível. Tatum é capaz de fazer tudo em quadra. Arremessa bem, passa bem, pega rebotes, defende e eleva o nível de seus companheiros. Tudo bem que ele anda com problemas nos arremessos de três nos playoffs (29% de aproveitamento), mas ele preenche todas as outras lacunas necessárias.

Jayson Tatum poderia aparecer com uma votação mais expressiva para o MVP, mas não teve porque o Boston Celtics está em um nível acima dos outros. Ao contrário de muitos times da NBA, a ausência de Tatum em alguns jogos da temporada regular não fez efeito algum. Mas é por causa da qualidade do elenco mesmo.

Se Tatum entender que pode ser ainda melhor invadindo o garrafão adversário, o Celtics tem tudo para sair com um título. Fisicamente, o ala é muito forte. Bem mais que a maioria. E quando você adiciona a parte técnica na coisa, aí é que o azar é dos outros mesmo.

Mas uma coisa é fato: o Boston Celtics é muito melhor com ele em quadra. Ele terminou a fase regular com +608 no plus/minus, atrás apenas de Derrick White (+619).

3. Eficiência defensiva

Pela segunda vez em três anos, o Boston Celtics está nas finais da NBA. De novo, sem surpresas. Mas um ponto aqui é a defesa, que é sufocante, chata demais para qualquer oponente. Primeiro, o time conta com dois “cães de guarda” no perímetro: Jrue Holiday e Derrick White. Depois, Jaylen Brown e Jayson Tatum trabalham muito em cima de seus adversários. Por fim, Kristaps Porzingis ou Al Horford lidam com o garrafão.

Ou seja, o esquema de Joe Mazzulla favorece a qualidade que seus comandados possuem na defesa e vice-versa.

Durante a temporada regular, o Celtics teve a terceira melhor eficiência defensiva da liga, fez poucas faltas que levam o adversário ao lance livre e não se desgastou tentando causar erros de ataque do oponente. Assim, o time não ficava arriscando roubos de bola, causando eventuais buracos defensivos. Não teve o guessing game. Ninguém tentou adivinhar qual era a jogada. Todo o time jogou com a defesa compacta, sem abrir espaços.

O único problema, eventualmente, era quando adversários faziam passes extras, deixando um jogador livre para o arremesso. Aconteceu diversas vezes nos playoffs.

4. Jaylen Brown

O astro Jaylen Brown recebe muito menos elogios do que merece. Apesar de ser excelente nos dois lados da quadra, o ala ganha muitas críticas. Seja por não ter uma mão esquerda excelente (melhorou muito), por falhar em lances livres ou pelo salário que ainda não tem (extensão só vale a partir da próxima temporada), Brown é sempre alvo.

Mas Brown é capaz de fazer coberturas na defesa e sair para o ataque no mesmo nível. Não por menos, ele faz dois pontos a mais de média nos playoffs e acerta 36.8% do perímetro, números superiores aos da temporada regular.

Então, é importante dizer que sem ele, o Celtics não estaria tão bem. É um jogador que pode marcar até quatro posições, algo difícil de encontrar por aí.

5. Experiência

Não confunda idade com experiência. Dos cinco principais jogadores do Boston Celtics, quatro ainda não chegaram aos 30 anos. Mas o time tem “casca” para jogar os playoffs da NBA. Veja o que aconteceu na série contra o Indiana Pacers, por exemplo.

Ali, o Celtics foi inferior ao Pacers em três das quatro partidas. Isso porque o time de Indiana correu muito e não era o melhor encaixe para Boston. Chegou a estar perdendo por nove pontos ou mais nos três jogos no último período e mesmo assim saiu com a vitória.

Isso só aconteceu porque a equipe sabe fechar jogos, sabe defender e faz passes extras no ataque. Todo mundo que entra em quadra consegue encontrar um colega livre. Então, não tem muito problema estar atrás no placar. O time consegue vencer sendo pressionado, algo raro na NBA.

Fonte: Jumper Brasil / Foto: Reprodução / X

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