Cinco tendências que devem moldar o futuro da saúde suplementar em 2026

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Custos assistenciais crescentes, pressão por eficiência e um beneficiário cada vez mais exigente colocam a saúde suplementar brasileira diante de um desafio central de ampliação do acesso ao cuidado sem perder qualidade, controle financeiro e resultados clínicos. Em um setor marcado por mudanças regulatórias, avanço tecnológico e novos hábitos de consumo, modelos tradicionais começam a mostrar seus limites.

Diante desse cenário, Rodrigo Junqueira, Gerente Executivo de Negócios da Conexa, analisou os movimentos que vêm ganhando força no mercado e identificou cinco tendências que tendem a influenciar as decisões de operadoras, empresas e corretoras nos próximos anos. “O setor vive um momento de transição, em que tecnologia, experiência do usuário e mensuração de resultados passam a ocupar um papel cada vez mais relevante na construção de modelos sustentáveis de cuidado”, afirma o executivo.

Com base nesta evolução, confira a lista de tendências para 2026:

1. WhatsApp como principal canal de acesso à saúde digital

A priorização de canais digitais com navegação via WhatsApp surge como uma resposta direta à busca por simplicidade e acessibilidade. A familiaridade do brasileiro com o aplicativo reduz fricções no acesso aos serviços de saúde e ajuda a romper barreiras culturais ainda existentes no uso do digital. O desafio do setor está em desenhar jornadas intuitivas, seguras e integradas, que coloquem o paciente no centro da experiência.

2. Hiperpersonalização a partir de dados e inteligência artificial

A utilização inteligente de dados e IA permite abandonar abordagens genéricas e avançar para interações altamente personalizadas. A tendência é que pacientes e colaboradores passem a receber orientações, conteúdos e cuidados alinhados ao seu perfil, histórico e momento de vida. “A personalização deixa de ser discurso e se torna prática, aumentando engajamento e efetividade do cuidado”, explica Junqueira.

3. Modelos híbridos e jornadas integradas de cuidado

O futuro da saúde passa pela combinação entre digital e presencial. Telemedicina, atendimento domiciliar, farmácias, prontos-atendimentos, hospitais e laboratórios começam a operar de forma integrada, garantindo continuidade do cuidado. Esse modelo híbrido amplia o acesso, otimiza recursos e melhora a experiência do paciente ao longo de toda a jornada assistencial.

4. Ciências comportamentais para engajamento em saúde

A aplicação de conceitos das ciências comportamentais ganha força como estratégia para promover mudanças sustentáveis de hábitos. Ao entender padrões de comportamento, produtos e programas de saúde podem incorporar gatilhos mentais, incentivos e estímulos que aumentem a adesão aos cuidados, a prevenção e o autocuidado, gerando impactos positivos no longo prazo.

5. Demonstração de ROI assistencial no ambiente corporativo

Cada vez mais, empresas, operadoras e corretoras buscam comprovar o retorno sobre o investimento em saúde. A tendência é medir não apenas resultados financeiros, mas também ganhos clínicos, como redução de sinistralidade, afastamentos e agravamento de doenças. “A saúde deixa de ser vista apenas como custo e passa a ser encarada como investimento estratégico, com indicadores claros de valor”, destaca o executivo.

Para Junqueira, essas tendências refletem uma mudança estrutural na forma como a saúde suplementar passa a ser pensada no Brasil. “Estamos falando de um modelo cada vez mais orientado por dados, experiência do usuário e integração entre o digital e o presencial. O futuro da saúde suplementar será construído por quem conseguir gerar acesso simples, cuidado personalizado e resultados mensuráveis, tanto do ponto de vista clínico quanto financeiro”, finaliza o executivo.

Com Informações do Site Medicina SA

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