Cinema no Abrigo apresenta filme sobre saúde mental a refugiados climáticos no RS

cultura

Documentário Vida Mais Leve foi exibido em Canoas na quinta-feira e deve chegar a outras localidades do estado gaúcho

Passados quase dois meses da maior tragédia climática que se abateu no Rio Grande do Sul, o cenário ainda é desolador. As águas baixaram e os estragos começaram a ser contabilizados. Há quem conseguiu retornar para casa, há quem perdeu tudo e ainda existe uma grande quantidade de refugiados climáticos que vivem em abrigos por todo o estado.

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Como forma de amenizar o sofrimento e contribuir de forma positiva para a saúde mental dessas pessoas, o projeto Cinema no Abrigo traz uma reflexão sobre ansiedade e depressão através do filme “Vida Mais Leve”. A ideia é auxiliar os flagelados nesse processo de bem-estar em meio à tensão em momentos de vulnerabilidade.

A primeira sessão aconteceu no Centro Olímpico de Canoas (RS), na noite desta quinta-feira (18), com apoio da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer do município. Após a sessão, será feita uma roda de conversa para aprofundar o tema e as percepções do público. Estão previstas outras exibições em Porto Alegre e região metropolitana, com datas a serem confirmadas.

“Assimilar esta nova realidade e reiniciar a vida é um desafio muito grande para quem, muitas vezes, já estava em uma condição de dificuldade financeira”, observa Jeferson Mundel, diretor do filme. “Os impactos emocionais nem sempre são imediatos e nem têm prazo para cessar”, ressalta o cineasta e proprietário da Imagem Sonora Filmes, produtora responsável pela realização da obra.

Além de Mundel, o média-metragem tem assinatura do consultor de bem-estar organizacional Felipe Goettems, que há anos se dedica ao estudo da felicidade e do bem-estar emocional por meio de formações nas áreas da psicologia, neurociência, entre outros.


O filme foi lançado em 2023 / Divulgação Sílvia Abreu Consultoria Integrada de Marketing

Vida Mais Leve

Lançado em 2023, o filme trata da ansiedade e da depressão, suas origens, processos e consequências. Com narração de Goettems, o média-metragem traz depoimentos do surfista Carlos Burle; do ator e palhaço Marcio Libar; do psiquiatra Maurício Marxs; da neurocientista Eliza Kosaza; do poeta Fabricio Carpinejar; do educador emocional Gabriel Carneiro Costa; do Lama Padma Santen, do Centro de Estudos Budistas Bodisatva; da professora Carla Furtado, do Instituto Feliciência; do psicólogo norte-americano Louis Cozolino, da Pepperdine University (EUA); de Andrea Perez, da Psicologia Positiva, e de Erick Leite, diretor do Gurukulam Instituto. Eles oferecem novas perspectivas para o conhecimento deste transtorno, a partir de suas vivências, estudos e observações.

A obra fala das mais recentes descobertas sobre o tema, mas também das atitudes simples no dia a dia que podem ajudar as pessoas a terem uma vida mais leve. “Vislumbramos nestas sessões de cinema uma forma de proporcionar um afago, um momento para acalmar as pessoas em meio ao flagelo. Mais do que entretenimento, projetamos um momento de cura, de reflexão e de apoio mútuo”, explica Mundel.

Segundo Felipe Goettems, idealizador do projeto, os sintomas de ansiedade e depressão estão próximos de todas as pessoas que, de uma maneira ou outra, estão sendo afetadas pela catástrofe. “E é exatamente neste momento que as pessoas que foram mais atingidas precisam de apoio emocional, além de ajuda financeira”, constata.

A ação é patrocinada pela Imagem Sonora Filmes e é produzida em parceria com BE – Bem Estar Instituto, Sílvia Abreu Consultoria Integrada de Marketing, Fundação de Assistência Social e Cidadania de Porto Alegre (FASC) e Secretaria Municipal de Esporte e Lazer de Canoas.


Fonte: BdF Rio Grande do Sul / Foto: John Arlington

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