Clubes ouvem propostas para criação de liga no Brasil

Brasil esportes

Terça, 29 de Junho de 2021 – 10:30

Representantes dos 40 clubes das Séries A e B se reuniram nesta segunda-feira (28) para ouvir propostas de três empresas interessadas em participar da criação da liga para organizar o Campeonato Brasileiro. O encontro aconteceu em um hotel em São Paulo e contou com a presença física de representantes de 36 agremiações e de outras quatro por vídeo.

Das empresas que apresentaram propostas, uma delas é liderada pelo advogado Flavio Zveiter e por Ricardo Fort, ex-executivo da Coca-Cola, e conta com uma consultoria estrangeira, incluindo Rick Parry, ex-chefe da Premier League da Inglaterra, e Paolo Dal Pino, atual presidente da Lega Serie A da Itália. Outra é coordenada pela consultoria KPMG e tem participações de organizações específicas nas áreas jurídicas, de marketing e gestão fiduciária. E a terceira é a Livemode.

O site ge.globo teve acesso a alguns detalhes das propostas da Zveiter e KPMG. As duas prometem captação de recursos junto a investidores entre R$ 1,5 bilhão e R$ 3,7 bilhões. Esses valores viriam da venda de parte da liga, se tornando sócios com direito a um percentual das receitas dos clubes. A vantagem das agremiações seriam no recebimento imediato da quantia. As luvas dessa operação seriam distribuídas em 81,5% entre os participantes da Série A e 18,5% destinados à Série B. O objetivo delas é que as agremiações refinanciassem suas dívidas para que o negócio seja iniciado sem devedores, evitando o risco de penhoras de valores futuros. Em relação aos direitos de transmissão nas TVs abertas e fechadas, 50% seria partilhada entre os clubes e os outros 50% seriam com base na classificação final do campeonato. Enquanto que o pay-per-view, 70% do valor é em relação à quantidade de assinantes e o restante repartido igualmente entre todos da divisão. Enquanto os direitos internacionais, a divisão ficaria 40% igualmente para todos da divisão, 30% com base na classificação final e 30% de acordo com a “fama”, que seria medida por pesquisa.

As duas empresas não incluíram uma reforma no calendário da bola. A única que propõe isso é a Zveiter. Os jogos da Série A e da Série B seriam disputados primordialmente nos finais de semana, sendo a elite aos domingos e a segundona aos sábados. Com isso, não haveria choque com os compromissos da Copa do Brasil, Libertadores e Sul-Americana, que geralmente acontecem no meio de semana. Outra novidade seria uma pausa na metade da temporada, período de pré-temporada na Europa, o que possibilitaria a organização de jogos amistosos.

Além do calendário, haveria mudança também no número de rebaixados. A ideia é cair três da primeira divisão, subindo automaticamente os dois primeiros da B. A última vaga na elite seria definida num playoff entre o terceiro e quarto colocados da segundona. Enquanto isso, os campeonatos estaduais seguiriam acontecendo com os participantes da liga colocando suas equipes sub-20 em campo.

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