CNI chama de ‘equivocado’ e ‘dispensável’ novo aumento da Selic

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Representante das indústrias destacou que desonerações sobre energia, transportes e telecomunicação desencadearam trajetória de queda da inflação

Anunciado na noite de quarta-feira (3), o 12º aumento seguido da taxa básica de juros Selic foi classificado de “equivocado” e “dispensável” pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em nota, a entidade defendeu que as desonerações sobre energia elétrica, combustíveis, telecomunicação e transporte coletivo já promovem a desaceleração da inflação. “Para julho e agosto, inclusive, a expectativa é de deflação”, reforçou a CNI.

“Por conta desses fatores, a expectativa de inflação para o fim de 2022, medida pelo Boletim Focus do BC, tem caído recorrentemente e já está em 7,15%. Para 2023, essa trajetória de desaceleração da inflação também está refletida nas previsões do Boletim Focus, em 5,33%”, prossegue a entidade. Após reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic passou de 13,25% para 13,75% ao ano.

Os diretores do BC ainda sinalizaram a possibilidade de nova alta em setembro, desta vez de 0,25 ponto percentual. A Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) projeta que a nova taxa básica vai aumentar o custo do dinheiro para as empresas.

“A CNI entende que, neste momento, o novo aumento da taxa de juros é dispensável para o combate da inflação e trará custos adicionais desnecessários para a atividade econômica, com reflexos negativos sobre consumo, produção e emprego”, afirmou o presidente da CNI, Robson Andrade.

Fonte: Bahia.ba

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