Ravi Santos Oliveira, de apenas 6 anos de idade, é portador de megacólon, uma doença que causa dilatação do intestino grosso, dificultando a eliminação de fezes e gases, causada por lesões nas terminações nervosas do intestino.
A criança foi diagnosticada aos quatro meses de vida e, atualmente, necessita de cuidados especiais, tratamento com medicamentos e uma série de dietas por conta da intolerância à lactose.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a mãe do pequeno Ravi, Joanice da Silva Santos, explicou que no ano de 2019, deu entrada no INSS para tentar um benefício para o filho, mas o mesmo foi negado, fazendo uma nova tentativa pela Defensoria Pública.
No dia de ontem (22), o resultado da sentença saiu e para a surpresa de Joanice, também foi negado pelo juiz.
“Eu dei entrada em 2019 pelo INSS, eles negaram e informaram que eu recebia um salário, que o que eu recebia tinha condições de manter ele, só que eu não recebia salário nenhum na época, estava desempregada. Então coloquei pela Defensoria Pública e quando foi ontem, o resultado saiu dizendo que o juiz tinha negado, sendo que no período, a assistente social esteve aqui em casa, conversou comigo, foi feita a perícia e dessa forma já estava tudo certo para aprovar o beneficio, mas aí o juiz negou”, explicou.
De acordo com Joanice, o argumento utilizado pelo juiz foi que o benefício concedido ao pequeno Ravi poderia dificultar no desenvolvimento da criança no futuro. “Isso porque a reaquisição da capacidade importará na cessação do benefício e, portanto, na perda de parte significativa na renda da família”, diz a sentença.
“Eu achei um absurdo, consta que não poderia dar esse dinheiro para Ravi porque iria dificultar o desenvolvimento dele no futuro, só que isso não tem cabimento. Ravi precisa desse benefício. O problema dele causa muita constipação, ele precisa ficar tomando laxante até conseguir fazer o cocô”, disse.
Ainda segundo a mãe de Ravi, a Defensoria Pública está recorrendo ao caso até que se tenha um novo resultado.
“Até o momento não temos nenhuma solução, a Defensoria me informou que está correndo atrás para ver o que consegue e, por enquanto, a gente segue com algumas dificuldades, a exemplo da alimentação dele, que é tudo zero lactose. É o leite, o biscoito, coisas integrais, tem o medicamento e Ravi é acompanhando por uma equipe médica lá no Hospital Estadual da Criança, como o nutricionista, gastro e o cirurgião”, concluiu.
Fonte: Acorda Cidade Foto: Ed Santos/Acorda Cidade