Domingo, 21 de novembro de 2021
PT cobrou de Bolsonaro, por meio de requerimento na última quinta-feira(18), informações sobre exclusão de quase 25 milhões de famílias brasileiras do Auxílio Emergencial
A extinção do Bolsa Família, programa do governo Lula, por Jair Bolsonaro e o fim do Auxílio Emergencial, que contemplavam 3.431.417 de famílias baianas, retirou os benefícios de 1.853.767 dos lares do estado, deixando 1.577.650 famílias na Bahia sem nenhum tipo de ajuda do Governo Federal contra a fome. Diferente do Bolsa Família que era um programa contínuo, o Auxílio Brasil é temporário e terá duração apenas até de dezembro de 2022 com objetivos eleitorais.
Os dados que atestam o mapa da exclusão do Auxílio Brasil são do próprio Governo Federal e foram colhidos pela assessoria técnica do Partido dos Trabalhadores no painel de monitoramento VIS Data, do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Pelas informações do próprio governo, é possível ver que em todo o Brasil, até outubro, o total de benefícios pagos pelo extinto auxílio emergencial era de 39,3 milhões. Agora, em novembro, primeiro mês de pagamento do Auxílio Brasil, foram 14,5 milhões, uma diferença de 24,8 milhões em todo o país.
Na Bahia, os beneficiários das cidades mais afetadas foram de Salvador, que tinha 630.601 famílias beneficiadas e agora tem 443.952 excluídos. Outros municípios que tiveram um grande número de famílias prejudicadas foram Feira de Santana, que contava com 149.732 famílias recebendo benefícios contra fome e agora tem 106.259 sem nenhum tipo de auxílio para a fome, Camaçari, onde havia 71.995 famílias cadastradas e agora há 44.922 excluídas, Vitória da Conquista (de 80.810 beneficiados para 53.591 excluídos), Lauro de Freitas ( de 50.502 para agora 36.862 excluídos).
Outras cidades baianas em que muitas famílias perderam auxílio contra a fome foram Porto Seguro, com 30.372 famílias prejudicadas, Ilhéus, com 29.221 excluídas, Juazeiro (27.506), Jequié (26.454), Teixeira de Freitas (25.309), Barreiras (22.722) e Alagoinhas, seguidas por Alagoinhas (19.345), Simões Filho (15.600) e Santo Antônio de Jesus (15.243), além de municípios de todas as regiões da Bahia. O corte e auxílio às famílias desampara a população em um momento de grave crise social em que 19,1 milhões (9% da população) estão passam fome.
Enquanto no Auxílio Brasil de Jair Bolsonaro são atendidas famílias em situação de pobreza e extrema pobreza e famílias em situação de pobreza apenas se houver gestantes ou pessoas menores de 21 anos entre seus membros, o Bolsa Família do governo Lula beneficiava todas as famílias nas duas situações. O PT cobrou de Bolsonaro, por meio de requerimento nesta quinta-feira, 18, informações sobre exclusão de quase 25 milhões famílias brasileiras do auxílio emergencial.
Segundo o titular da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), Carlos Martins, acabar com o Bolsa Família é uma decisão política, com viés absolutamente eleitoral, que desestrutura o Sistema Único da Assistência Social, contribui para o aumento da mortalidade infantil e da evasão escolar. “O Bolsa Família foi criado para tirar as pessoas da situação de extrema pobreza, da miséria e da fome. Acabar com esse programa significa devolver milhões de famílias para a miséria. O Auxilio Brasil é uma clara tentativa de desvincular a política social mais eficaz, eficiente e efetiva do país da imagem dos governos do PT, não passa de mais um ato inconsequente e eleitoreiro. O novo programa não tem regras claras, levará os beneficiários ao contato direto com a Caixa e não tem recursos para ser mantido, promovendo ainda mais insegurança social nesse período tão delicado”.
Bolsa Família – Promulgado em 20 de outubro de 2003 pelo presidente Lula, o Bolsa Família transformou a vida de milhões de brasileiros que antes das gestões petistas eram invisíveis aos olhos do poder público. O programa virou referência internacional, copiado inclusive por países desenvolvidos, como a Itália, por exemplo, e tirou o Brasil do Mapa da Fome, garantindo dignidade às famílias brasileiras mais pobres, a quem foram asseguradas o direito de fazer três refeições ao dia. Um compromisso de Lula quando assumiu a presidência em fazer do Brasil um país menos desigual e mais justo para todos, principalmente para os que mais precisam.
Fonte: Ascom PT Bahia