Com projeto liderado por baiana, coleção de roupas de 10 marcas nordestinas estreia na C&A

cultura

Por Hilza Cordeiro

A loja online da C&A estreia, nesta terça (4), uma coleção incrível de roupas produzidas por dez marcas nordestinas. O projeto é uma parceria com a plataforma Nordestesse, hub liderado pela baiana Daniela Falcão, ex-diretora de redação da Vogue Brasil. A coleção faz parte do projeto “Nosso Encontro” e, conforme a varejista, o objetivo é apresentar talentos e potências criativas para as consumidoras brasileiras do país todo.


Com uma coleção marcada por elementos urbanos, elegantes e atemporais, as marcas nordestinas selecionadas para participar foram a Demodé (MA), Sherida (CE), Funlab (RN), Carnávalia (PB), Vivian Lazar (SE), Vem Meu Bem (PE), Seja Balbina (BA), Casa de Maria (PE), Xique-xique (PI) e Carlotte (PI).

As peças unem crochê, pop art e minimalismo a elementos da cultura nordestina, como a literatura de cordel e as xilogravuras. As roupas terão grade de tamanho do P ao GG. Os produtos incluem desde roupas íntimas até acessórios, como bolsas. Ao todo, são 26 itens com valores entre R$ 79,90 e R$ 299. 

Em conversa com o Alô Alô Bahia, Daniela Falcão, sócia-fundadora da Nordesteasse, explica que a marca baiana selecionada traz uma história de mãe e filho, uma fusão de produções de Moab e Maria Helena. 

“A proposta deles é muito interessante. São dois afro empreendedores e eles são muito fortes em camisaria e manualidades, com detalhes de fuxico, patchwork. As peças são em tecidos leves e frescos, mas sempre com algo diferente. A mãe dele, que era braço direito dele na costura, sentia falta de ter roupas que vestissem em corpos mais plurais. E ela produz uma moda confortável, pensando em mulheres negras como ela. Mas a roupa deles é agênero”, conta ela.


De acordo com Falcão, a escolha das marcas levou em conta a distribuição geográfica, de modo que os nove estados fossem contemplados; o resgate de tradições artesanais ancestrais como o crochê, bordados e a cestaria; o impacto social e ambiental causado pelas marcas e o exemplo de serem dirigidas por mulheres e/ou empregarem majoritariamente mulheres em sua cadeia.

“Procuramos trazer um time de marcas com estilos diversos, em sintonia como caráter democrático do Galeria C&A, mas que carregassem alguma dessas características em seu DNA. Boa parte delas tem menos de 4 anos de vida, são nomes que podem e devem ser mais conhecidos nacionalmente”, diz Daniela Falcão.

Fonte: Alô alô Bahia

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *