Por Rafael Walendorff, da Globo Rural
Jorge Meza destaca que alimentos viraram negócio e alerta para riscos climáticos à produção

A inflação dos alimentos em 2024 não pesou no bolso apenas dos brasileiros. De escala global, o fenômeno tem sido consequência de movimentos especulativos no mercado de commodities agrícolas, da falta de dados transparentes sobre oferta e demanda e do impacto das mudanças climáticas sobre as lavouras, afirma o representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, Jorge Meza.
Para ele, as incertezas elevam riscos e preços. O principal alerta é para o rápido avanço do aquecimento global, um quadro que torna ainda mais urgente o controle do desmatamento e a intensificação de ações para mitigação das mudanças climáticas. Em breve, diz ele, as ações da humanidade para se adaptar a temperaturas mais altas já terão pouca eficácia, e os impactos serão particularmente fortes sobre a agropecuária.
Fonte: Um só Planeta / Foto: Getty Images