Confiança do Comércio avança para 89,9 pontos em novembro

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Avanço marca o terceiro mês seguido de alta; melhora do humor dos empresários é puxada pelo cenário presente e por expectativas de vendas

Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 3,7 pontos em novembro em relação a outubro e atingiu 89,9 pontos, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (27) pela Fundação Getúlio Vargas Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre). É a terceira alta consecutiva do indicador. Na média móvel trimestral, o índice avançou 2,2 pontos.

De acordo com Geórgia Veloso, economista do FGV Ibre, o movimento combina melhora na percepção do momento atual e expectativas mais favoráveis. “As avaliações sobre o presente voltaram a uma zona de neutralidade da qual haviam se afastado no segundo semestre. As expectativas de vendas continuam em alta e indicam que os empresários ainda veem espaço para recuperação”, afirmou.

A confiança subiu em quatro dos seis principais segmentos do comércio. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) avançou 5,2 pontos, chegando a 92,2 pontos. O Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 2,3 pontos, para 88,2 pontos.

A economista destaca que a redução do pessimismo acompanha o avanço recente da confiança do consumidor, influenciada por alívio inflacionário e pela expectativa de impacto da nova faixa de isenção do IR prevista para 2026. Mesmo assim, a confiança empresarial ainda é limitada pelos juros elevados e pelo endividamento das famílias.

Entre os componentes do IE-COM, as perspectivas de vendas para os próximos três meses subiram 3,8 pontos, para 88 pontos. A tendência dos negócios nos próximos seis meses avançou 0,5 ponto, alcançando 88,7 pontos.

No ISA-COM, a avaliação sobre o volume de demanda atual aumentou 1,5 ponto, para 89,6 pontos, enquanto a percepção sobre a situação atual dos negócios avançou 8,7 pontos, chegando a 94,9 pontos.

Indicador de Desconforto do Comércio, que mede a frequência de fatores citados como obstáculos ao setor, permanece no nível mais alto desde abril de 2022. Segundo a FGV, o custo financeiro voltou a superar a demanda insuficiente como principal fator de preocupação, em meio a maior apreensão com o cenário macroeconômico.

Sondagem do Comércio de novembro coletou dados entre os dias 3 e 25 do mês.

Fonte: Money Report / Foto: Reprodução

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