Conheça o centro de artes que tem agitado as noites de quarta-feira em Salvador

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Às quartas-feiras de Salvador estão com donos. A Associação Baiana e Observatório de Cultura e Arte (A.B.O.C.A.) tem chamado a atenção de baianos e turistas e ganhou espaço no calendário festivo da cidade ao realizar, toda semana, encontros disputados, regados com muita música, performance, poesia e irreverência.

Atualmente, as noites no antigo casarão de número 12, na rua dos Marchantes, no bairro do Santo Antônio Além do Carmo, são comandadas por Portella Açúcar e Veko Araújo – integrantes do bloco Cortejo Afro -, que são acompanhados pela Outra Banda da A.B.O.C.A. e pelo pandeiro do Mestre Paulinho. Juntos, o coletivo já atraiu nomes como Caetano VelosoRegina Casé e, recentemente, Mariana Ximenes.

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O antigo casarão transpira arte. Sua fachada de tijolos aparentes e grafite na porta atrai uma turma animada, que faz fila na porta para entrar no local e curtir um repertório que apresenta ritmos como salsa, reggae, jazz, samba e MPB. “É um encontro com a Arte desde o momento em que você olha para a fachada da casa até a última madeira do quintal, sua reconstrução, cada objeto e tudo que a cerca é rica em história, significados e ressignificados. Especialmente no evento das quartas-feiras, os frequentadores têm uma experiência sensorial da baianidade, em um espetáculo que se torna indescritível por estar na esfera do absurdo”, contou Liza Araújo, sócia da A.B.O.C.A. Centro de Artes.

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Em 2022, a A.B.O.C.A. completou 10 Anos de existência no casarão antigo da Rua dos Marchantes. Porém, sua história começa no início dos anos 90, quando seu idealizador Vinícius Passarinho, que é nascido no Santo Antônio Além do Carmo, deu início ao trabalho de documentação visual de expressões artísticas do Centro Histórico de Salvador. Em 2014, ele conheceu Jota Veloso, que propôs um formato de construção artística através de encontros semanais e apresentações ao vivo. A proposta foi aceita e desde então o espaço conta com a administração Liza Araújo, companheira de Passarinho. Há oito anos consecutivos a festa acontece impreterivelmente todas as quartas-feiras, com algumas exceções, como a pandemia.

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Portella Açúcar é um acontecimento à parte. O artista, que já é conhecido pelo grande público como vocalista do Cortejo Afro, leva toda sua originalidade e irreverência para o palco, desde a escolha das músicas até o figurino. “Sempre gostei de quebrar paradigmas. A banda A.B.O.C.A é instrumental, que foi feita para músicas e arranjos não convencionais e o figurino vem acompanhando tudo o que acontece. Eu vou me dispondo e uso tudo o que eu quero e tenho vontade. Estamos fazendo cultura e mostrando ao povo baiano e brasileiro que podemos viver de arte”, contou o cantor e ator, que nasceu no Centro Histórico da cidade.

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A dica é reservar sua entrada com antecedência, por meio do WhatsApp (71) 99334-8893. O ingresso também pode ser comprado na porta, mas há grande risco de fila ou não achar mais o bilhete – o espaço tem limite de 100 pessoas. O valor é opcional: “R$ 50 para quem pode e R$ 30 para quem se sacode”, brinca Liza Araújo. E atenção: A noite é boa e curta. A música começa pontualmente às 19h e segue até às 22h. O horário é imposto pela organização em respeito à vizinhança, visto que o bairro é majoritariamente residencial.

Além da música, o A.B.O.C.A. também tem gastronomia com deliciosas pizzas, que após a pandemia passou a ser servida por delivery. Nos outros dias da semana, o espaço continua como ponto de efervescência de cultura. São realizadas palestras, exposições, teatro e rodas de conversa. A programação dos eventos esporádicos também pode ser acompanhada no perfil do Instagram @abocacentrodeartes.

Fonte: Alô alô Bahia

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