Cooperativa do Acre investe para ser a maior beneficiadora de castanhas do mundo

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Capacidade de processamento de nova fábrica será dez vezes maior que a atual

Por Marcos Fantin — São Paulo – Segunda,3 de março de 2025

A Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Estado do Acre (Cooperacre) vai investir R$ 60 milhões na construção de uma nova planta agroindustrial para processar frutas tropicais da região Norte. As obras começaram no início de 2023, com previsão de término para junho deste ano. Do montante, R$ 35 milhões já foram aplicados no projeto.

A cooperativa afirma ter a maior produção de castanha beneficiada do Brasil e tem a pretensão de se tornar líder global com a nova instalação. A castanha-do-brasil é o carro-chefe, com uma produção média de 1.200 toneladas beneficiadas por ano.

Cooperacre quer se tornar maios beneficiadora de castanhas do mundo

Cooperacre — Foto: Coooperacre/Divulgação
Coooperacre — Foto: Coooperacre/Divulgação

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Coooperacre — Foto: Coooperacre/Divulgação

Cooperacre quer se tornar maios beneficiadora de castanhas do mundo

A indústria terá capacidade de processar, aproximadamente, dez mil toneladas por ano de polpa concentrada de frutas tropicais, sendo dez espécies prioritárias: açaí, cupuaçu, cajá, graviola, acerola, maracujá, caju, manga, abacaxi e goiaba. Isso representa um aumento de dez vezes na capacidade atual, de mil toneladas.

A Cooperacre projeta um crescimento na receita proporcional à ampliação da capacidade operacional. Espera também reforçar o faturamento com o valor agregado de um novo produto a ser oferecido ao mercado: a polpa concentrada asséptica.

O produto tem um tempo de prateleira de até dois anos em temperatura ambiente. É o trunfo da cooperativa para acessar novos mercados. A polpa congelada tem maior custo e riscos logísticos, já que exige condições específicas de refrigeração.

A nova planta industrial da Cooperacre está em construção no distrito industrial de Rio Branco, capital acreana, na mesma área onde atualmente funciona a agroindústria de processamento de castanha do Brasil. São 30 galpões comunitários para armazenamento nos territórios de produção, outros quatro centrais e seis indústrias para beneficiamento de castanha, polpas de frutas tropicais, palmito de pupunha e borracha.

Além de 18 municípios do Acre, a cooperativa está presente em algumas áreas de Rondônia e sul do Amazonas, e os produtos chegam a todo o mercado brasileiro, além de exportação para nove países.

Em 2023, a Cooperacre movimentou mais de R$ 73 milhões em bioeconomia, com cerca de quatro mil famílias extrativistas ligadas à instituição. A coleta da castanha rendeu R$ 24,5 milhões, com a comercialização de cerca de 350 toneladas. Já a borracha movimentou R$ 8,6 milhões, com produção de 720 toneladas.

A construção da nova indústria visa diversificar o portfólio de produtos e explorar novos mercados. “Queremos aumentar nossa capacidade de beneficiamento e fortalecer a cooperativa”, afirmou José Rodrigues de Araújo, presidente da cooperativa.

Fonte: Globo Rural / Uma das agroindústrias para beneficiamento da castanha, no município de Rio Branco — Foto: Coooperacre/Divulgação

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