Primeiros craques começam a entrar em campo nesta segunda-feira em Inglaterra x Irã, Senegal x Holanda e Estados Unidos x País de Gales
Por Redação do ge — Doha
Passada a ansiedade da estreia com a vitória do Equador sobre os anfitriões, a Copa do Mundo do Catar começa a “desfilar” seus primeiros craques nesta segunda-feira, em três jogos. Entram em campo Gareth Bale, Harry Kane e Van Dijk.
Será o retorno da Holanda aos Mundiais, com elenco e tradição que a credenciam a desempenhar um bom papel. Quem também volta após perder a edição da Russia são os Estados Unidos, amplamente renovado.
O dia também tem os primeiros jogos apitados por árbitros brasileiros. Em Inglaterra x Irã, o trio é composto por Raphael Claus, Rodrigo Figueiredo e Danilo Manis. Em Senegal x Holanda, serão Wilton Pereira Sampaio e os assistentes Bruno Boschilia e Bruno Pires.
Uma Inglaterra mais preparada
A Inglaterra se notabilizou nos últimos anos por estar mais presente em momentos decisivos. Na última Copa, foi semifinalista. Na última Euro, vice-campeã. E em 2019, terceiro lugar na Liga das Nações. Este crescimento de relevância no cenário mundial, e o elenco cheio de estrelas no Catar eleva a expectativa sobre o time.
Para superar a possível retranca do Irã, o elenco inglês tem nomes fortes para o setor de ataque. Além do já citado Harry Kane (Tottenham), centroavante e líder, figuram no grupo Phil Foden (Manchester City), Jack Grealish (Manchester City), James Maddison (Leicester), Marcus Rashford (Manchester United), Bukayo Saka (Arsenal) e Raheem Sterling (Chelsea).
Do outro lado, a seleção do Oriente Médio tem suas fichas depositadas no atacante Mehdi Taremi, que vive grande fase no Porto – está em sua terceira temporada pelo time português, onde marcou 62 gols e deu 35 assistências em 115 jogos.
No comando, o experiente técnico português Carlos Queiroz, que retornou ao Irã dois meses antes da Copa do Mundo – era ele no comando nas Copas de 2014 e 2018. E que gosta de polêmicas. Já antes da estreia, abandonou coletiva após ser questionado sobre questões de direitos das mulheres do país.
Nada de “velha escola holandesa”
Ausência sentida na Copa de 2018, a Holanda retornou – e sob comando de Louis Van Gaal, que deixou aposentadoria para reassumir em agosto do ano passado. O técnico mudou o esquema, abandonando o 4-3-3 da “velha escola holandesa”, como ele mesmo classificou.
O talentoso time passou pela fase de grupos da atual Liga das Nações invicto, com cinco vitórias em seis jogos. Inclusive, desde a volta do treinador, não houve derrotas – em 15 partidas, os holandeses venceram 11 e empataram quatro.
O zagueiro Van Djik, do Liverpool, grande nome da Holanda, faz sua estreia em Copas. O meio-campista De Jong, do Barcelona, é o coração do time. E no ataque, Memphis Depay, ao que tudo indica, inicia na reserva.
Adversário da Holanda, Senegal entra em campo após dias difíceis de corte de seu melhor jogador, o atacante Sadio Mané. Os atletas admitiram o duro golpe, mas ressaltaram a necessidade de dar o melhor em campo em nome do companheiro. A revelação Papa Sarr e o experiente Gueye devem assumir o protagonismo.
País de Gales histórico
Depois de 64 anos, País de Gales fez história ao retornar à Copa do Mundo. E o que não tem de tradição, a seleção possui de talento em seu líder, Gareth Bale.
O fato de o atacante estar mais apagado no cenário mundial após a saída do Real Madrid para o Los Angeles FC, dos Estados Unidos, não pode ser confundido com fraqueza – afinal de contas, Bale costuma entregar muito bem pela seleção, que sempre foi sua prioridade.
Gareth Bale durante treino de País de Gales no Catar, antes da Copa do Mundo — Foto: REUTERS/Lee Smith
O estilo reativo de jogo esperado de País de Gales terá um encontro interessante com o da seleção norte-americana, de postura mais ofensiva e com a juventude reinando no grupo. Os três principais jogadores têm menos de 25 anos: Reyna (Borussia Dortmund), McKennie (Juventus) e o grande destaque, Pulisic (Chelsea), de carreira consolidada na Europa.
Após um telefonema do próprio presidente Joe Biden com mensagem de apoio, os Estados Unidos estão preparados para esse retorno. Foram sete edições consecutivas de Copa até ficar de fora da Rússia, em 2018. E o time chega confiante após o título da Copa Ouro em 2021.
Fonte: Globo