Com arquibancadas vazias, times de Fernando Diniz e Abel Ferreira se enfrentam nesta quarta-feira (4), às 21h30, no Mineirão
O Cruzeiro se manifestou, no início da tarde desta quarta-feira (4), sobre a ausência de público para o jogo contra o Palmeiras.
Nesta noite, às 21h30 (de Brasília), as equipes vão se enfrentar no Mineirão, em Belo Horizonte, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro, com as arquibancadas vazias.
Por meio de nota, o Cruzeiro detalhou as ações do clube, iniciadas em 18 de novembro, para que o time de Fernando Diniz entrasse em campo com o apoio do seu torcedor.
De acordo o texto, a Raposa enfatizou aos órgãos de segurança e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a sua preocupação com o bem-estar dos cruzeirenses e dos palmeirenses.
No entanto, caso não fosse possível realizar o policiamento para as duas torcidas, o time mineiro solicitou que ao menos a sua torcida pudesse ir ao estádio.
Veja nota do Cruzeiro
O Cruzeiro vem a público manifestar sua profunda insatisfação e indignação com o desenvolver dos acontecimentos que culminaram com a decisão que a partida desta noite aconteça com os portões fechados.
Desde o dia 18 de novembro, o clube tem atuado ativamente com interlocuções com todos os meios responsáveis, como Governo do Estado de Minas Gerais, Ministério Público, Polícia Militar de Minas Gerais, Confederação Brasileira de Futebol, Federação Mineira de Futebol e Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
A partir do primeiro momento, o Cruzeiro deixou claro sua preocupação com o quesito segurança para a partida em questão, devido aos recentes acontecimentos registrados de violência. Dessa forma, pediu garantias aos órgãos de segurança para que a partida acontecesse com as duas torcidas e, caso não fosse possível, que ao menos a torcida cruzeirense tivesse acesso ao estádio, uma vez que não podia ser penalizado por atos que não foram de sua responsabilidade.
Entre os dias 26 e 29 de novembro, o Cruzeiro se reuniu com Marcel Dornas Beghini, Secretário Geral do Estado de Minas Gerais, e com o comandante geral da Polícia Militar de Minas Gerais, Cel. Carlos Frederico Otoni, solicitando as garantias de segurança para a partida com as duas torcidas.
Com a ausência destes, a Confederação Brasileira de Futebol determinou que a partida fosse disputada sem a presença da torcida e, na noite dessa terça-feira, (03) enviou ofício à Polícia Militar de Minas Gerais pedindo reconsideração sobre as garantias de segurança, para que pudesse viabilizar a realização da partida com a presença dos torcedores. A CBF aguardou retorno até às 0h e, então, determinou que a partida entre Cruzeiro e Palmeiras não poderia receber público.
O Posicionamento público da Polícia Militar de Minas Gerais, avaliada pelo Cruzeiro como a melhor do Brasil, reconsiderando as garantias de segurança para a partida aconteceu somente na manhã desta quarta-feira. Este fato, somado à determinação da CBF desta madrugada, mantendo os portões fechados, inviabilizaram toda a complexa operação para a partida como questões de segurança, serviços e comercialização de ingressos.
Sendo assim, esgotadas todas as possibilidades para que o clube cumpra o que tem como princípio; a presença das duas torcidas, o Cruzeiro cumprirá a determinação da CBF. Ressaltamos novamente que o clube trabalhou incansavelmente para defender os interesses de sua torcida e, até o último momento, trabalhou para que a Nação Azul pudesse estar presente e apoiar a equipe no Mineirão.
O Cruzeiro vem a público manifestar sua profunda insatisfação e indignação com o desenvolver dos acontecimentos que culminaram com a decisão que a partida desta noite aconteça com os portões fechados.
Fonte: CNN Brasil / Foto: Reprodução