Marcos Simplicio explica que os cookies são utilizados para “saber o seu histórico, ou seja, coisas que já buscou naquele site”
Domingo, 17 de abril de 2022
Quando estamos navegando na internet, sempre nos deparamos com os cookies — pedaços de código que dão a um site uma espécie de memória de curto prazo de sua navegação — e acabamos aceitando todos sem nem saber o que são. Segundo uma pesquisa de uma empresa especialista em privacidade dos usuários, 94% dos brasileiros têm o costume de aceitar todos os cookies automaticamente. Somente 1% analisa e personaliza a autorização, enquanto 5% rejeitam tudo.
Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, o professor Marcos Simplicio, do Departamento de Engenharia da Computação da Escola Politécnica (Poli) da USP, explica que, no caso de compras, esses cookies são utilizados para “saber o seu histórico, ou seja, coisas que já buscou naquele site”, para ele personalizar os anúncios que o usuário irá ver, por exemplo. Quando aceita tudo, o usuário está abrindo mão da privacidade.
E por que os cookies existem?
Simplício destaca que “tem algumas leis de privacidade que obrigam os sites a informar os usuários sobre o cookie que está sendo colocado”. No entanto, ele prossegue explicando que, em alguns casos, existem vários cookies de outros sites atrelados apenas a um. Nesse caso, se aceitamos todos eles, as informações de navegação ficam registradas em todos esses sites.
E como se livrar deles?
Um modo seria navegar em “guia anônima”, a qual deixa todos os dados de navegação em modo privativo. Simplicio explica que o cookie AutoDelete — um plug in existente em vários navegadores — seria um outro modo de gerenciar esses cookies. “Assim que eu fechar aquela aba, ele deleta todos os cookies ou mesmo recusa todos”, afirma.
Além do gerenciamento de cookies, o professor ressalta que, além disso, é necessário tomar cuidado com login e sempre ter certeza que está no site correto. “Não acredite que você está no site correto. Vai lá no navegador e digita o nome do site para onde quer navegar”, pondera. Isso evita que forneçamos dados para sites forjados.
Fonte: Jornal USP