Informações sobre os programas da Capes para a formação de professores foram apresentadas em encontro nacional
A vertente equidade dos programas Formação de Professores da Educação Básica ( Parfor ) e Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência ( Pibid ) atenderá 3.540 estudantes e profissionais em cursos relacionados à educação indígena. Os dados foram apresentados pela diretora de Formação de Professores da Educação Básica da CAPES, Marcia Serra Ferreira, ao participar do Encontro Nacional Escolar Indígena.
Das 7.642 vagas do Parfor Equidade , 2.412 foram preenchidas pela área de pedagogia e licenciatura intercultural indígena. No Pibid Equidade, das 5.016 bolsas, 1.128 foram destinadas à educação indígena. Essas ações são executadas pela CAPES em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (Secadi/MEC) e fazem parte do Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento .
No Parfor Equidade, em um total de 63 submissões para a oferta de pedagogia e licenciatura intercultural indígena, 51 foram propostas de cursos novos. “Esse resultado demonstra a capacidade de indução do programa para a criação de cursos nas instituições de ensino superior”, ressaltou a diretora.Imagem: Paulo Wirikiwaiwai, de Oriximiná (PA), participou da formação ofertada pelo Parfor (Teodoro Gomes – CGCOM/CAPES)
Organizado pelo Fórum Nacional de Educação Escolar Indígena, o encontro reuniu, na última terça-feira, 17 de dezembro, em Brasília, representantes das instituições públicas, como os ministérios da Educação e dos Povos Indígenas, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e instituições de ensino superior.
Marcia Ferreira mostrou a história da CAPES, destacou as atividades de formação de professores da educação básica e apontou alguns desafios, como a ampliação de ações para atender às demandas específicas e o fortalecimento de parcerias com as secretarias estaduais e municipais de Educação e o governo federal. “Também precisamos acompanhar o percurso formativo dos participantes, monitorar os efeitos nos currículos escolares e na formação de professores, e garantir orçamento para a manutenção e a ampliação dos programas”, afirmou.
O objetivo do Parfor Equidade e do Pibid Equidade é formar professores em licenciaturas específicas e pedagogos para atendimento das redes públicas e comunitárias que têm educação escolar indígena, quilombola e do campo, educação especial inclusiva e educação bilíngue para surdos. Os cursos são oferecidos pelas instituições de ensino superior federais ou comunitárias.Imagem: Maria da Conceição de Araújo Santos, do povo indígena Tabajara, em Lagoa de São Francisco (PI), está no Parfor Equidade (Teodoro Gomes – CGCOM/CAPES)
Presente no encontro em Brasília, Paulo Wirikiwaiwai, de Oriximiná (PA), participou da formação ofertada pelo Parfor e hoje leciona na própria comunidade indígena onde nasceu. “O programa nos ajudou a saber como atuar de acordo com a nossa realidade. Nos trouxe muitos aprendizados e hoje tenho a oportunidade de repassar o que aprendi para os alunos indígenas”, conta.
Outra participante, Maria da Conceição de Araújo Santos, do povo indígena Tabajara, em Lagoa de São Francisco (PI), está no Parfor Equidade no curso de Licenciatura Intercultural Indígena oferecido pelo Instituto Federal do Piauí, a 40 km de sua cidade. Professora das séries iniciais do Ensino Fundamental há 25 anos, leciona em escola que tem cerca de 100 alunos indígenas. “O programa vai me ajudar a levar para a sala de aula várias práticas e projetos para melhorar a qualidade do ensino e aprendizagem, principalmente para que o estudante passe a ter mais reforço escolar”, relata.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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Foto: Teodoro Gomes – CGCOM/CAPES