Além da quimio e radioterapia, diversas terapias podem complementar o tratamento de câncer de mama, promovendo mais qualidade de vida
O câncer de mama é a neoplasia mais comum entre as mulheres brasileiras e de todo o mundo. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados 75 mil casos de câncer de mama até 2025 no Brasil. O dado representa um grave problema de saúde pública, além da necessidade de promover formas de prevenir a doença.
Portanto, ao perceber qualquer um dos seguintes sinais, é preciso procurar um médico:
- Retrações de pele e do mamilo que podem deixar o seio com aspecto de casca de laranja;
- Vermelhidão da pele da mama;
- Pequenos nódulos no mamilo e/ou no pescoço;
- Saída de secreção aquosa ou de sangue no mamilo.
Tratamento multidisciplinar para câncer de mama
Por exigir muito do paciente, o câncer de mama (assim como qualquer outra neoplasia) demanda um tratamento multidisciplinar. Acupuntura, drenagem, musicoterapia, meditação, massagens de relaxamento são algumas práticas integrativas, complementares, conhecidas por PICs e adotadas pelo Sistema Único de Saúde por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC). Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, de forma integral e gratuita, 29 procedimentos.
É importante ressaltar que as PICS servem como medida complementar e integrativa. Isto é, elas não substituem o tratamento convencional. No entanto, podem potencializar os seus efeitos, reduzir o uso de medicamentos e diminuir os custos com a saúde, melhorando a qualidade de vida, explica a fisioterapeuta Ana Cristina Souza Silva, da clínica Fit Fisio.
Fisioterapia
Na jornada de combate ao câncer de mama, a fisioterapia, por exemplo, é uma aliada poderosa, afirma Ana Cristina. “Ela não apenas auxilia na recuperação física, mas também na restauração da autoestima e qualidade de vida das pacientes. Isso porque ajuda com exercícios para o ganho de peso da massa muscular e expansão torácica, como alongamentos de superiores e pompagens. Além disso, atua também na melhora do processo de cicatrização”, explica.
Segundo a profissional, através de exercícios terapêuticos, técnicas de mobilização e cuidados especializados, a fisioterapia desempenha um papel crucial na promoção do bem-estar e na superação dos desafios físicos que podem surgir durante e após o tratamento do câncer de mama. “É uma parte essencial do apoio holístico que todas as pacientes merecem”, destaca.
Aromaterapia
Em complemento, esse ano houve um aumento considerável pela procura da aromaterapia como auxílio tanto para sintomas físicos como emocionais comuns ao tratamento. A aromaterapeuta Tatiana Nobili, 44, é paciente oncológica e recorreu aos óleos essenciais para combater náuseas, aliviar dores musculares e controlar ansiedade e insônia. “O tratamento já envolve muita química sintética que impacta no organismo e quis recorrer a algo natural para me auxiliar com os sintomas, visando o bem-estar”, declara.
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Cannabis medicinal
A cannabis medicinal também pode ser uma opção para pacientes oncológicos, indica o Dr. Flavio Geraldes Alves, Presidente da Associação Pan-Americana de Medicina Canabinoide (APMC) e consultor médico da NuNature Labs.
“Estudos mostram que o CBD, um dos principais componentes da cannabis, pode contribuir em alguns aspectos do tratamento, ajudando na diminuição dos efeitos colaterais do tratamento do câncer, como inapetência, náuseas, vômitos, dor e ansiedade”, explica.
Além disso, o canabidiol pode aumentar a eficácia do tratamento do câncer, como a quimioterapia e a radioterapia, e pode ainda auxiliar na indução da apoptose, que é a morte celular programada das células cancerosas.
No entanto, vale ressaltar que existem algumas contraindicações para o uso da cannabis medicinal no tratamento do câncer, principalmente através da interação medicamentosa com alguns dos anticoagulantes e quimioterápicos.
Com a indicação médica, a paciente com câncer de mama pode ingerir o CBD através do óleo, em cápsulas, gummies (balas de mascar) e sprays, explica o Dr. Flavio Geraldes.
Fonte: Saúde em dia