Anita Efraim – seg., 8 de março de 2021
Os representantes do governo Bolsonaro que estão em Israel não poderão visitar o Hospital Ichilov, em Tel Aviv, onde está sendo desenvolvido o EXO-CD24, spray nasal que poderia curar pacientes com a covid-19. Os brasileiros queriam ir ao local, mas o pedido foi negado.
Segundo o portal Ynet, a delegação, que conta com a presença de Eduardo Bolsonaro e Ernesto Araújo, não pode deixar o hotel onde está hospedada, apenas para encontrar o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e o chanceler israelense, Gabi Ashkenazi.
O encontro com representantes do Hospital Ichilov acontecerá no hotel onde a delegação brasileira está. Com isso, muitos brasileiros questionaram se a reunião não poderia se remota, evitando gastos do erário público com a viagem.
Atualmente, quem chega em Israel tem obrigação de ficar 10 dias em quarentena. Residentes podem passar o período onde moram, mas os estrangeiros que entram no país ficam em hotéis. Os representantes do governo Bolsonaro foram dispensados da obrigação.
A delegação brasileira deixou o Brasil sem máscaras, mas chegou ao país com os equipamentos de proteção individual. Em um encontro público entre ministros de Relações Exteriores dos dois países, Ernesto Araújo tentou se aproximar de Ashkenazi sem máscara, mas pediram para que ele colocasse a proteção. Assista:
Eduardo Bolsonaro, Ernesto Araújo, Hélio Lopes e outros representantes do governo Bolsonaro foram ao país do Oriente Médio para conhecer o spray nasal EXO-CD24, testado até o momento em 30 pessoas. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quer que o Brasil faça parte dos testes de fase 3 do medicamento.
Durante o fim de semana, Bolsonaro mudou o discurso e, pelas redes sociais, afirmou que delegação iria a Israel tratar de vacinas. O país é o que mais vacinou a população de forma proporcional, no entanto, não é um produtor de vacina. Israel usa, majoritariamente, imunizantes da Pfizer. O Brasil não entrou em acordo com a farmacêutica para compra de doses.
Fonte: Yahoo