A data é 5 de setembro, mas shows gratuitos com dezenas de artistas em Belém, Belo Horizonte, Rio, Manaus, São Luis, São Paulo, Macapá e Santarém começam no sábado
O Dia da Amazônia, 5 de setembro, será celebrado com festivais em oito cidades brasileiras. As atividades culturais, gratuitas, com participação de Gaby Amarantos, Geraldo Azevedo, Maria Gadú e BaianaSystem começam a partir do sábado (3) e vão até o dia 10.
A data foi instituída por lei, em 2007 e a organização trabalha com a perspectiva de que sejam incluída no calendário cultural dos brasileiros. O bioma Amazônico está no centro das atenções mundiais por seu papel na regulação do clima e na vida de suas populações. E também pela escalada de ataques, com desmatamento e queimadas recorde, além de violência crescente, que têm comprometido sua integridade.
Nesse sentido, para os organizadores, o Dia da Amazônia é uma forma de alertar o Brasil e o mundo sobre essa ameaça de consequências globais. Por isso, diversos movimentos e organizações decidiram sair às ruas para divulgar a data. A preservação da Amazônia é também um dos temas centrais das eleições.
Segundo dados do Ruralômetro 2022, 68% dos atuais deputados votaram a favor de leis contrárias ao meio ambiente, indígenas e trabalhadores rurais. Então, a atenção dos eleitores não deve se restringir ao voto no presidente. Uma nova composição do Congresso Nacional está em jogo.
Festivais Dia da Amazônia
Por isso, o objetivo da mobilização é atrair públicos diversos ao longo das programações de cada cidade, levando
a mensagem de que a Amazônia, que ocupa 52% do território brasileiro, está em todo lugar, muito além de suas fronteiras, e merece ser comemorada.
“Reverberar a força que vem das matas, ouvir a voz dos povos e fortalecer em coletivo defensores da floresta são eixos que movimentam os Festivais Dia da Amazônia. Nosso objetivo é reunir diversas pessoas, lugares, coletivos com festa, cura e amor”, disse Deuza Brabo, produtora cultural e coordenadora do coletivo Reocupa.
Os Festivais Dia da Amazônia 2022 (clique aqui para acessar o site) estão sendo produzidos pelas organizações e iniciativas socioambientais Reocupa, Namaloca, Psica, Negritar, Gira Mundo, Condô Cultural, Nossas, Instituto Clima e Sociedade (iCS), Uma Concertação pela Amazônia, Ja.Ca, Murerú Produções, Tapajós de fato, Na Cuia, Suraras do Tapajós, Projeto Saúde e Alegria, Movimentos pela Soberania Popular na Mineração (MAM), Federação das
Organizações Quilombolas de Santarém (FOQS), Negritar, Conselho Indígena Tupinambá (CITupi), Movimento Tapajós Vivo (MTV), Terra de Direitos, Maré Cheia, Engajamundo, Mapinguari, LabExperimental, Megafone Ativismo e Utopia Negra, com o apoio de outras dezenas de instituições socioambientais.
Confira a programação
O show de abertura será em São Paulo, dia 3, com Gaby Amarantos, Anelis Assumpção, Djuena Tikuna, Suraras do Tapajós, Bloco do Água Preta e outros convidados. Em Belém, no mesmo dia, também iniciando as celebrações, será realizada a 5ª edição do Festival de Cinema das Periferias e Comunidades Tradicionais da Amazônia. Os eventos se estendem até o dia 10 de setembro, finalizando com o Festival Maní(Festar), em Santarém (PA).
“A gente quer trazer para as pessoas um pouco da sensação de estar na floresta. Mas a floresta a partir do nosso ponto de vista. Uma floresta que é tecnológica, cheia de alegria, cheia de luz, uma floresta muito eufórica que vai fazer as pessoas se divertirem e, a partir da diversão e da contemplação de toda essa beleza, se envolverem mais com toda natureza da Amazônia”, conta Gaby Amarantos sobre o show #PURAKÊTOUR em São Paulo.
No dia seguinte (4), haverá festivais em Manaus, Belém, São Luís, Macapá, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Em cada local haverá atividades gratuitas para todas as idades. Clique aqui para acessar a agenda completa com os horários). Cada evento celebra e respeita as diversidades regionais e culturais, e isso se reflete nos nomes e identidades
diferentes de cada palco em cada cidade.
Além dos festivais nas oito cidades, está sendo organizada a Virada Cultural Amazônia de Pé, conduzida pela Campanha Amazônia de Pé. A programação da Virada reúne mais de 400 ações descentralizadas por todo o país, como oficinas, cine-debates, rodas de conversa e outras atividades organizadas de maneira autogestionada por seus proponentes.
Fonte: RBA