Dia Nacional da Vacinação: sem imunizantes, doenças podem voltar; entenda

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Taxas de vacinação caíram nos últimos anos. Queda representa risco do retorno de doenças graves que já foram erradicadas

O dia 17 de outubro é definido como o Dia Nacional da Vacinação, data que celebra a importância das vacinas para a saúde humana. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as vacinas salvam mais de 3 milhões de vidas todos os anos. No entanto, a adesão pela imunização tem caído recentemente, o que acende um alerta para o descontrole de epidemias.

Dados do Ministério da Saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS) comprovam que a procura pela vacinação diminuiu perigosamente nos últimos anos. O índice de imunização da população caiu de 95% em 2015 para 59%, em 2021. Em mais de 900 cidades do país, essa taxa não chega a 50%.

Alexandre Calandrini, coordenador médico do time de saúde da Sami, operadora de planos de saúde, reforça que a vacinação para crianças e adultos é a única forma de erradicar determinadas doenças. “Estamos com taxas semelhantes àquelas observadas na década de 1980. É um retrocesso evidente que traz o risco real se observarmos o ressurgimento de diversas doenças graves, que já estavam eliminadas ou controladas no país”, ressalta.

Volta de doenças

As vacinas já contribuíram para erradicar ou diminuir a incidência de diversas doenças graves, como varíola, caxumba, gripe, poliomielite, rubéola, sarampo e tétano. A poliomielite, por exemplo, foi registrada no Brasil pela última vez em 1989. 

Ainda assim, a campanha de imunização contra a doença não parou, mas ela caminha lentamente. Até agora, 65,7% das crianças de até 4 anos receberam o imunizante, número que chegou a 99% em 2010.

Essa queda representa um risco de possível retorno da poliomielite, como vem acontecendo com outras doenças. Esse é o caso do sarampo, que foi erradicado no começo dos anos 2000 e voltou a aparecer entre os registros de contaminações.

Além do sarampo e da poliomielite, a infância exige outras vacinas importantes, como o imunizante contra a tuberculose, difteria, tétano, coqueluche, meningite,rubéola, caxumba, hepatite B e febre amarela.

Vacinação

Atualmente, a rede pública de saúde disponibiliza em todo o país 19 vacinas para combater cerca de 20 doenças, em diversas faixas etárias. Ainda existem outras 10 vacinas exclusivas para grupos em condições clínicas especiais, como os portadores de HIV.

O Ministério da Saúde destaca que a vacinação protege não só quem é vacinado, mas também aqueles poucos que não desenvolvem a imunidade. Isso porque, quanto mais pessoas de uma comunidade estão protegidas, menor é a chance de uma doença se propagar.

Fonte Saúde em dia

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