Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra é celebrado neste sábado

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Buscando homenagear mulheres negras e discutir sobre os efeitos do racismo e sexismo na sociedade, o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela é comemorado neste sábado, 25. Durante todo o mês de julho, mulheres negras e instituições antirracistas instituíram o Julho das Pretas para abordar as vivências dessas mulheres.

A data no país foi regulamentada pela presidenta Dilma como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra

De acordo com informações da Revista Afirmativa, a data tem origem no 1º Encontro de Mulheres Negras Latino-americanas e Caribenhas, que ocorreu entre 19 e 25 de julho, em Santo Domingo, na República Dominicana.

Já no Brasil, a data foi instituída apenas em 2014, por meio da Lei Federal nº 12.987, em homenagem à rainha e heroína quilombola Tereza de Benguela. Ela viveu no Quilombo do Piolho, conhecido também como Quilombo do Quariterê, que era chefiado por seu marido. Tereza passou a liderar o quilombo após o assassinato dele.

Território de difícil acesso, o quilombo permitiu uma forte defesa e a articulação de um Parlamento para a tomada de decisões em grupo, além de ações comunitárias. Sob a liderança de Tereza de Benguela, negros e indígenas resistiram à escravidão por cerca de 20 anos. De acordo com informações da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Tereza de Beguela liderou o quilombo, comandando a estrutura política, econômica e administrativa do território, que também possuía um sistema de defesa com armas roubadas ou trocadas com brancos de territórios próximos.

A população negra no Brasil corresponde a maioria, 54%, segundo o IBGE.

Não há informações sobre como a guerreira e rainha quilombola morreu. Existem versões que contam que ela teria se suicidado, após ser capturada por bandeirantes, por volta de 1770. Outra versão afirma que ela foi assassinada e teve a cabeça exposta no centro do Quilombo do Piolho.

O quilombo resistiu até 1770, quando foi destruído pelas forças do então governador da capitania de Mato Grosso, Luís Pinto de Sousa Coutinho. Na época, a população do território era de 79 negros e 30 indígenas.

Assim, a data de 25 de Julho é usada para celebrar a vida e história de mulheres negras, protestar contra a violência direcionada à elas e evidenciar suas lutas e importância.

Fonte: A tarde

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