Doenças Raras 

saúde

As Doenças Raras correspondem a um conjunto diverso de condições médicas que afetam um número relativamente pequeno de pessoas em comparação com doenças mais comuns. 

O número exato de doenças raras não é conhecido. Estima-se que existam mais de 5.000 tipos diferentes, cujas causas podem estar associadas a fatores genéticos, ambientais, infecciosos, imunológicos, entre tantas outras causas.

Compõem este grupo de doenças as anomalias congênitas, os erros inatos do metabolismo, os erros inatos da imunidade, as deficiências intelectuais, entre outras doenças, e a maioria possui algum tipo de componente genético. Algumas das doenças raras têm ocorrência restrita a grupos familiares ou indivíduos. 

A grande maioria das doenças raras afeta crianças, mas podem aparecer ao longo da infância ou na idade adulta, afetando diversos sistemas que compõem o organismo humano, podendo causar deficiências e alterações no desenvolvimento.

Estudos internacionais recentes apontam que de 3,5 a 5,9% das pessoas em todo mundo poderiam ser afetadas por alguma doença rara em algum momento de sua vida, o que equivaleria a uma estimativa entre 263 a 446 milhões de pessoas por todo planeta.

Alguns Exemplos de doenças raras

Distrofia muscular de Duchenne

Doença genética congênita que afeta a musculatura esquelética e cardíaca

Fibrose císticaEsclerose lateral amiotrófica (ELA)

Doença genética congênita que afeta o sistema respiratório e o aparelho digestivo

Esclerose lateral amiotrófica (ELA)

Doença neurodegenerativa progressiva que afeta os neurônios responsáveis pela inervação dos músculos

Algumas doenças raras podem ter pouco impacto na qualidade de vida de quem as desenvolve, mas há muitas destas condições que podem ser graves e até levar a morte. Os sinais e sintomas de parte dessas condições pode se confundir com doenças comuns, o que pode atrasar seu diagnóstico, o que as torna um desafio para o Sistema Único de Saúde, uma vez que coexistem com epidemias e outros agravos de saúde que afetam a população brasileira.

Devido a raridade de sua ocorrência, muitas equipes de saúde podem ter algum grau de dificuldade em estabelecer diagnóstico preciso e cuidados de saúde adequados. O contato da maioria dos profissionais de saúde com estas condições também é raro, à exceção de algumas especialidades que têm contato mais frequente com este tipo de doença, como é o caso dos médicos e dos enfermeiros geneticistas, e de alguns profissionais que trabalham em centros de pesquisa ou em hospitais universitários. Há alguns sinais de alerta em pediatria (por exemplo, alterações em crescimento ou desenvolvimento motor ou cognitivo, múltiplas internações, infecções de repetição, problemas respiratórios ou gastrintestinais frequentes) ou no atendimento de adultos que podem chamar atenção da equipe sobre alguma doença não corriqueira em curso.

Jornada assistencial da pessoa com doença rara

Jornada assistencial da pessoa com doença rara: Acolhimento (entrada); Suspeita de DR (sinais de alerta); Diagnóstico; Orientações sobre cuidado em saúde; Atendimento às principais necessidades de saúde individuais; Cuidados continuados em saúde e Melhoria das condições de saúde.

Para grande maioria das condições raras, os tratamentos são direcionados para manutenção da qualidade de vida e para redução de sinais e sintomas. Existem poucos tratamentos medicamentosos específicos e eficazes, o que significa que as abordagens de cuidado à uma pessoa com doença rara envolverão nutricionista, fisioterapeuta, odontólogo, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, farmacêutico, fonoaudiólogo, enfermeiros, técnicos e médicos nas mais diversas especialidades.

Muitas condições raras são condições crônicas complexas (ainda que possam ter episódios agudos) e requerem abordagens assistenciais complexas em termos de cuidados e oferta de serviços de saúde. Condições crônicas complexas têm sido definidas como aquelas que têm duração maior que 12 meses, que afetam um órgão ou sistema de forma grave, que requerem atenção e acompanhamento especializado, que estão fora de perspectiva de cura e que têm alto custo e impacto para as pessoas afetadas, para as famílias e para os sistemas de saúde. Seu acompanhamento perpassa todos os níveis de atenção de saúde.

Médica checando batimentos do coração de uma criança

Em razão disso, o Ministério da Saúde estabeleceu uma política pública para organizar o SUS para cuidar das pessoas com doenças raras e para permitir a habilitação de serviços especializados em doenças raras por todo país, além de contar com a rede de cuidados às pessoas com deficiência.

Características gerais das doenças raras

Doenças raras são enfermidades geralmente crônicas e de baixa frequência na população em geral.

Apresentam-se, geralmente, com quadros de adoecimento progressivos, degenerativos e incapacitantes.

Têm necessidades assistenciais complexas em termos de diagnóstico, tratamento ou acompanhamento.

Necessitam de cuidados contínuos e ações integradas, multidisciplinares e multiprofissionais.

Podem causar elevado sofrimento físico e psicossocial para os indivíduos e famílias.

Constituem um grupo numeroso e diverso de problemas de saúde.

Fonte: Gov.br / Foto: Divulgação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *