O dólar comercial encerrou esta terça-feira (10) vendido a R$ 5,197, com recuo de R$ 0,051 (-0,96%)
Numa sessão marcada pelo alívio externo e pelo tom duro do Comitê de Política Monetária (Copom) no mercado interno, o dólar recuou para abaixo de R$ 5,20, um dia após fechar no maior nível em três semanas. A bolsa de valores iniciou o dia em alta, mas perdeu força ao longo das negociações e fechou com a primeira queda após três ganhos seguidos.
O dólar comercial encerrou esta terça-feira (10) vendido a R$ 5,197, com recuo de R$ 0,051 (-0,96%). A cotação chegou a subir para R$ 5,26 nos primeiros minutos de negociação, mas recuou com as notícias do Banco Central brasileiro e do exterior.
A divisa acumula queda de 0,25% em agosto. Em 2021, a alta chega a 0,15%.
No mercado de ações, o otimismo foi menor. O índice Ibovespa, da B3, chegou a subir 0,4% por volta das 12h15, mas não sustentou o ritmo e fechou o dia aos 122.202 pontos, com recuo de 0,66%. A divulgação de balanços corporativos com lucros menores que o esperado no ramo de shoppings e o noticiário em relação aos juros influenciaram as negociações.
No Brasil, a divulgação da ata do Copom, na qual o Banco Central (BC) se comprometeu a continuar elevando a taxa Selic (juros básicos da economia) enquanto a inflação durar mexeu com o mercado. A declaração do diretor de Política Monetária do órgão, Bruno Serra, de que o ritmo de alta pode aumentar se a inflação persistir mais que o esperado reduziram a pressão sobre o dólar.
Juros mais altos no Brasil estimulam a entrada de capital financeiro de outros países. Os investidores buscam lucrar com a diferença entre as taxas brasileiras e as dos títulos públicos norte-americanos, considerados os investimentos mais seguros do mundo.
No exterior, o dia foi marcado pelo otimismo. A aprovação do pacote de infraestrutura de US$ 1 trilhão pelo Senado norte-americano fez as bolsas dos Estados Unidos fecharem em alta. Os investimentos públicos, na avaliação dos investidores, ajudarão a maior economia do planeta a se recuperar da pandemia de covid-19.
*Com informações da Reuters