Doutora em saúde coletiva alerta para gravidade da poliomielite e orienta pais a vacinarem crianças

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A poliomielite não atinge somente o público infantil, porém esse grupo é que pode ser acometido pela doença com as formas graves.

A enfermeira e doutora em saúde coletiva Géssica Orrico fez um alerta aos pais nesta quinta-feira (22), para que levem seus filhos aos postos de saúde para imunização contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil.

Segundo ela, uma vez que atinge o sistema nervoso e periférico, todas as regiões onde a gente se tem enervações podem ser atingidas, porém o mais comum é o sistema osteo articular, os músculos.

“A poliomielite é uma doença viral aguda, que acomete principalmente nosso sistema nervoso, mas precisamente nossos sistema periférico; compromete nossa medula espinhal, e aparece de forma aguda, na maioria das vezes, acometendo mais crianças. Existe um enfraquecimento, inicialmente, agudo desses membros periféricos inferiores, por isso a gente tem a questão da utilização da cadeira de roda e esses músculos ficam completamente imóveis com o avançar da doença”, observou a enfermeira em entrevista ao Acorda Cidade.

Ela considera que o fato de muitas famílias não terem presenciado surtos da doença e também a desinformação sobre a poliomielite podem estar desencadeando tão baixa procura pela vacina durante a campanha.

“Uma das teorias que eu levanto para essa baixa procura é que os pais, por conta da erradicação dessa doença, deixaram de vivenciar essa doença no país. Mas o fato para termos erradicado a polio foi o grande sucesso no programa de imunização. Como a gente deixou de vacinar, isso é preocupante, pois tem aparecido casos em outros países próximos ao nosso. Não vivenciar essa doença desde 94 e a desinformação é a grande cereja desse bolo”, observou.

Conforme a doutora em saúde coletiva, a poliomielite não atinge somente o público infantil, porém esse grupo é que pode ser acometido pela doença com as formas graves.

“Por isso a gente tem uma visão mais centrada nessa população. Quando elas nascem têm que tomar uma outra vacina que não é a oral, é a injetável da polio, e passa a tomar a oral a partir de um ano até completar os cincos anos. A cura é mais dificil, por isso a gente investe na prevenção. O tratamento também é bem complexo, e na grande maioria das vezes não leva à cura. A prevenção é através da vacinação, e não ter contato com secreções de um paciente infectado, mas esse último caso é mais dificil, já que é uma doença viral aguda. Então a forma principal de prevenção é vacinar”, completou.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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