O presidente da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Abdulla Shahid, disse ser necessário promover uma cultura de redução de risco de desastres e construção de resiliência, em discurso na abertura da Plataforma Global para Redução de Risco de Desastres – evento que está ocorrendo em Bali, na Indonésia, e, de acordo com a ONU, “reúne líderes globais para debater questões de mitigação e prevenção bem como a construção de sociedades mais resilientes”.
Shahid afirmou que prevenir e reduzir os riscos de crises de saúde ou deslizamentos é necessário para salvar vidas e garantir que todos tenham um futuro sustentável. Ainda segundo ele, os impactos de desastres são sentidos principalmente pelas pessoas mais vulneráveis, e foi possível observar isso com a pandemia e as mudanças climáticas. Dessa forma, acrescentou, na retomada pós-período mais crítico da crise sanitária causada pelo coronavírus, é fundamental fazer uma reconstrução focada em sociedades mais resilientes.
Também no discurso, o presidente da Assembleia Geral da ONU pontuou que qualquer iniciativa deve ser pensada e implementada para reduzir riscos de desastres. De acordo com Shahid, deve haver um aumento de catástrofes climáticas e, como consequência da guerra na Ucrânia, a insegurança alimentar deve acelerar no mundo. Para ele, os líderes globais precisam trabalhar para solucionar as vulnerabilidades existentes e, simultaneamente, se prepararem para eventuais choques. Assim, recomendou a realização de investimentos em uma “recuperação transformadora que corrija lacunas na política econômica, no apoio social, na regulamentação ambiental e na produção e consumo”.
Shahid classificou o evento como um momento para os governos, a ONU e os demais interessados refletirem sobre as melhores práticas na governança de riscos de desastres e renovarem um compromisso de concretizar a diminuição desse risco em todas as áreas. A pandemia, conforme o presidente da Assembleia Geral da ONU, mostrou que todos têm interesse nessa redução.
A promoção de uma cultura voltada a isso e construção de resiliência, de acordo com ele, passa por incluir jovens acadêmicos, cientistas e profissionais que trabalham com diminuição de risco de catástrofes, além de adotar uma legislação e criar incentivos para o setor privado com o objetivo de fazer com que as operações deste reduzam riscos em vez de criá-los. A Defesa Civil Nacional do Brasil participa da Plataforma.” É uma grande oportunidade para compartilhar conhecimentos, identificar soluções, aprimorar a liderança política e discutir as últimas tendências na questão da redução do risco de desastres e na busca por resiliência”, falou o diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Armin Braun.
Fonte: SBT News
