Economia lidera avaliações negativas no terceiro mandato de Lula

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Pesquisa CNT aponta piora na percepção sobre inflação e alta de preços; aprovação do governo e do presidente recua

Um levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) apontou que a economia foi a área com pior desempenho no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entre as áreas com melhor avaliação estão a assistência aos mais pobres (22%), educação (12,8%) e relações internacionais (10,7%). Por outro lado, os piores índices ficaram com a economia (32%), segurança (20%) e saúde (13%).

Os dados fazem parte da 163ª edição da Pesquisa CNT de Opinião, divulgada nesta terça-feira (25/2). O levantamento entrevistou 2.002 pessoas entre os dias 19 e 23 de fevereiro, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais.

De acordo com o presidente da CNT, Vander Costa, “a percepção de piora na economia e do aumento nos preços, especialmente dos alimentos, representa o maior desafio para a aprovação do governo”.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação, registrou um acumulado de 4,56% nos últimos 12 meses (de fevereiro de 2024 a janeiro de 2025). As projeções indicam que a inflação pode ultrapassar o teto da meta pelo segundo ano seguido.

A inflação dos alimentos, que era de -0,5% em 2023, saltou para 8,2% em 2024, impulsionada pela alta nos preços de carnes, café, leite e derivados. Apesar das previsões de recuo nos preços dos alimentos ao longo do ano, o setor ainda deve impactar o índice geral.

O governo aposta na desvalorização do dólar – que caiu cerca de 10% nos últimos dois meses – e na expectativa de uma “supersafra” em 2025 para reduzir os preços dos alimentos no país.

A popularidade do governo e do presidente Lula sofreu queda em comparação com a última pesquisa, realizada em novembro. A aprovação do petista caiu de 50% para 40,5%, enquanto a desaprovação subiu de 46% para 55%, um aumento de 9 pontos percentuais.

A avaliação negativa do governo federal também cresceu, passando de 31% na pesquisa anterior para 44%, um avanço de 13 pontos percentuais.

Fonte: Bahia.ba / Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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