Eleições de outubro são pedágio para 2026, por isso PSD, Avante e PP se mantém relevantes na Bahia

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A Bahia tem 417 municípios e o nível de organização dos partidos políticos é tão impressionante que parte deles não sabia o número de prefeituras sob o comando de filiados. O levantamento realizado pela equipe de política do Bahia Notícias atualizou a situação das legendas e ainda permitiu uma análise de como cada sigla chega para disputar a eleição em outubro, mostrando forças já conhecidas e retrações significativas.

O PSD continua como a maior força eleitoral do interior da Bahia. Apesar de não estar tão representada nas maiores cidades, o partido comandado pelo senador Otto Alencar detém o controle de 30% das prefeituras baianas. Por isso houve tanto receio, ainda em 2022, de um eventual rompimento – tanto que houve uma escolha por parte do então governador da Bahia, Rui Costa (PT), quando provocou a tensão que culminou com a saída do PP da base aliada. Otto e o PSD são poderosos demais para se ter como adversários, razão pela qual os olhos sobre a sigla ficarão alerta para como os social-democratas devem emergir das urnas. Afinal, 2024 é o pedágio para o próximo pleito estadual.

O PP deixou de ser uma segunda força. Perdeu o posto para o Avante, especialmente após a migração de Ronaldo Carletto entre as siglas. Parte disso é explicada pela mudança brusca de direção há dois anos, quando os progressistas se tornaram oposição. O Avante tem todas as condições de ocupar a vaga do tão falado “tripé” que, por oito anos, deu sustentação a Rui. Vai depender do próprio desempenho, já que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) deu total aval para que Carletto e cia fizessem o movimento de atração de tantos prefeitos.

Entre os partidos que gravitam em torno do governo baiano, o PT, que ocupa o Palácio de Ondina há 18 anos, é a última perna entre as grandes legendas em número de prefeitos. Está longe de ter a pujança da última década, mas pode sair revigorado das urnas, especialmente com o argumento dos benefícios de uma eleição casada com o governo federal e estadual – simplório, mas que tem efeito eleitoral. A ideia do “time de Lula” é a grande aposta, tanto que os petistas abriram mão em Salvador, enquanto investem pesado nessa estratégia em outros municípios, como Feira de Santana e Vitória da Conquista, para focar nos maiores.

Fonte: BN / Foto: Imagem gerada com auxílio do Pilot

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