Elevação das taxas de juros, margens apertadas e alta nos pedidos de recuperação judicial afetam acesso ao crédito para o agronegócio

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O PIB do agronegócio brasileiro foi de R$ 2,45 trilhões em 2024, apresentando uma redução de 2,20% no primeiro trimestre, de acordo com dados divulgados pelo Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea). Estima-se a participação no sistema econômico em 21,5%, abaixo dos 24,0% registrados em 2023. Esse desempenho foi impactado pela queda nos preços e na produção. Já na agropecuária, a desvalorização das commodities e a menor projeção anual contribuíram para o declínio.

“As margens mais apertadas reduzem a liquidez dificultando o acesso ao crédito. Para mitigar o efeito, os produtores devem adotar práticas como a diversificação de culturas, otimização dos custos operacionais e busca por linhas que oferecem mais flexibilidade e taxas mais competitivas”, explica a especialista Thays Moura, sócia-fundadora da Agree, empresa especializada na captação de recursos financeiros do agro.

Por outro lado, o aumento de 535% nos pedidos de recuperação judicial (RJ) acendeu um alerta para o mercado financeiro. O salto expressivo registrado no ano passado, segundo dados divulgados pelo Serasa Experian, teve resultado direto nas instituições. “Isso tem elevado a percepção de risco, levando a critérios mais rigorosos. O que resulta em uma maior seletividade na concessão de financiamentos, exigindo que os produtores apresentem garantias mais sólidas e demonstrem uma gestão financeira eficiente”, afirma.

Em um ano desafiador para o agronegócio, até mesmo a análise de crédito tem evoluído para melhor refletir as dificuldades enfrentadas pelos agricultores. “São incorporadas novas metodologias que consideram variáveis como resiliência às mudanças climáticas, eficiência operacional e capacidade de adaptação a condições adversas. A utilização de tecnologia como big data e inteligência artificial também têm melhorado a precisão das avaliações, possibilitando uma proposta mais contextualizada e ajustada à realidade daquele cliente”.

Restrições e garantias

Com o cenário desfavorável, as principais restrições incluem a elevação das taxas de juros, redução nos limites e mais exigência de garantias. Esses obstáculos impactam as operações agrícolas ao limitarem a capacidade dos produtores de investirem em insumos, tecnologia e expansão, podendo comprometer a produtividade e a competitividade. “Soluções como linhas alternativas, captação via fundos de investimento, antecipação de recebíveis e programas de Barter – que consiste na troca de produtos por matéria prima ou empréstimos, podem oferecer mais flexibilidade e serem adaptadas às necessidades específicas, permitindo que continuem a operar apesar do ambiente restrito. O agricultor pode ainda procurar outras saídas, como diversificar seus parceiros financeiros, como instituições com as quais ainda não trabalha ou até mesmo fintechs especializadas em crédito agrícola”, recomenda Thays Moura sócia-fundadora da Agree.

A Agree é aliada do trabalhador rural oferecendo soluções práticas e apoio constante para enfrentar os obstáculos financeiros do setor agropecuário. “Em tempos de crise, é fundamental que os agricultores tenham acesso a informações precisas e recursos que lhes permitam tomar decisões financeiras conscientes. Continuamos comprometidas em não apenas auxiliar os produtores a superarem os desafios atuais, mas a sermos um parceiro de confiança e a ajudar a construir uma base sólida para o crescimento futuro”, conclui.

Fonte: Assessoria de Comunicação/ Foto: Divulgação

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