A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, enviou uma carta para o Congresso americano ontem avisando que, considerando o melhor cenário, o país pode dar calote nos pagamentos no início de junho.

Começando do começo: Em janeiro, os EUA atingiram o teto da dívida, que é o mecanismo que limita o governo americano de pegar dinheiro emprestado demasiadamente.
Países costumam vender títulos públicos (emissão de dívidas) para fazer a conta fechar, mas os americanos passaram dos limites. A dívida atual no país é a maior desde a Segunda Guerra Mundial, e deve crescer US$ 1,3 tri por ano na próxima década.
Sendo assim, o teto nada mais é do que o mecanismo que impede o governo de emitir dívida infinitamente para financiar seus gastos, para evitar um colapso maior. Algo como o teto de gastos aqui no Brasil.
É como se o seu banco não aumentasse seu limite de crédito
Sem possibilidade de emitir dívidas e gerar caixa, o Tesouro americano vai perder a capacidade de pagar suas contas em dia e o único capaz de mudar essa situação é o Congresso.
A grande questão: A discussão dessa pauta está travada no Legislativo há meses e tem sido motivo de bastante debate e tentativa de barganha entre democratas e republicanos.
- Na semana passada, a Câmara — de maioria republicana — até passou um aumento do teto em US$ 1,5 trilhão, mas haviam algumas medidas que Biden e os democratas não aceitaram.
O risco do calote acontecer está aumentando a cada dia que passa, o que tende a pressionar cada vez mais o governo como um todo. Uncle Biden não deve ter dormido tão bem nesta noite…
Big picture: Uma situação como essa não é nada condizente com um país que é considerado um porto seguro para investidores e para a econômica mundial. Um default ampliaria as incertezas nos mercados e a instabilidade da economia global.
Fonte: The News